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Enviada em: 10/06/2018

Em fevereiro de 2017, a Reforma do Ensino Médio foi sancionada pelo presidente Temer. As principais mudanças se relacionam à flexibilização do currículo, aumento na carga horária anual e inclusão de disciplinas voltadas para o mercado de trabalho, ou seja, criar uma nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que até o presente momento ainda está em construção. A reforma divide opiniões. Sendo defendida para diminuir a evasão escolar e melhorar os índices educacionais do país, porém criticada por não ter sido debatida com a sociedade civil e não atender às principais reclamações dos estudantes.        O programa Todos Pela Educação realizou uma pesquisa com jovens entre 15 e 19 anos acerca da comunidade escolar. Os resultados foram que, além da qualidade de ensino, as principais preocupações dos alunos estão relacionadas à falta de segurança, negligência ao acesso de pessoas deficientes, infraestrutura defasada e falta de comprometimento dos docentes.  Além disso, o aumento da evasão escolar nos últimos anos tem feito o órgãos de educação repensarem na maneira de como os conteúdos são transmitidos aos estudantes. Seja por desinteresse em estudar, as causas  de desistência também  incluem gravidez precoce e a necessidade de trabalhar.        Entretanto, com os cortes que governo federal vem fazendo para a área de educação nos últimos meses, mostra o total descaso do mesmo em educar a sociedade brasileira. Há necessidade de trabalhar com o conjunto todo, desde infraestrutura até a matriz de ensino curricular, senão corre o risco das medidas terem sido criadas em vão.       Enfim, a reforma só será eficiente se for discutida com a sociedade toda: professores, alunos e interessados através de portais online disponibilizados pelo governo e debates presenciais. Inclusive levar em consideração as exigências que alunos pedem, assegurar que no futuro haverá oportunidades de trabalho na área escolhida e maior reconhecimento e respeito pela profissão de professor.