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Enviada em: 10/06/2018

Reestruturando caminhos        Paulo Freire diz que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. A reforma do ensino médio propõe uma mudança estrutural na grade curricular que vem a agregar uma maior liberdade para o estudante, tornando o ambiente escolar muito mais convidativo e agradável.        A situação em que o ensino se encontra estruturado não tem demonstrado resultados significativos nos últimos anos, com a taxa de evasão estudantil constantemente alta e inerte quanto a avanço em índices estudantis. A possibilidade de escolha que a reforma traz consigo confere ao aluno liberdade para se aprofundar em áreas que o atraem, sendo este um estímulo significativo para que ele permaneça naquele ambiente e progrida ainda mais nos estudos, por estar se dedicando a algo que gosta, podendo assim começar a trabalhar logo que sair do ensino médio, por ter conhecimento técnico, ou se especializar ainda mais nas universidades. No entanto, a reforma deve trazer também capacitação para os professores, que hoje vivem com o mínimo de incentivo do estado, para que assim sejam melhores vetores para transmissão do conteúdo e sintam mais prazer no desempenho do trabalho.      Países como a Finlândia e a Coreia do Sul, expoentes na educação, tem seus sistemas educacionais básicos alicerçados em metodologias que aumentam a autonomia do aluno, dando possibilidades. Na Finlândia, durante o ensino médio, o aluno pode escolher se irá seguir um ensino técnico, que o capacitará para o mercado de trabalho, ou por um viés acadêmico, que o direcionará para as universidades. A liberdade concedida pelo sistema se mostra efetiva quanto à melhora no ensino a julgar pelos índices educacionais alcançados por alunos destes países, sendo esses bons exemplos a serem seguidos.        A reforma se mostra como uma alternativa para salvar um sistema fadado à estagnação, possibilitando uma melhora no ensino. A flexibilização amplia os horizontes do aluno, trazendo para a sala de aula um conhecimento mais palpável no que se refere à aplicação no dia-a-dia, além de conferir maior motivação ao dar maior ênfase em área que este já se destaca.