No Brasil, a educação nem sempre foi um direito, as lutas de classes sempre estiveram presentes buscando a inserção da igualdade na sociedade, hoje, a educação brasileira é garantida constitucionalmente a todos os cidadãos do país. Contudo, o Senado aprovou a reforma do ensino médio, mas sem explanar os possíveis impactos que poderá gerar na educação. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele, analogamente, a reforma do ensino médio propõe um novo modelo de instrução, com uma grade curricular flexibilizada e a possibilidade de formação técnica. Porém, no ano de 2017, o Ministério da Fazenda anunciou corte no repasse de verba para o setor da educação, o que, certamente, gerará retrocesso nos projetos que visam a melhoria educacional. Indubitavelmente, a reforma não se deve apresar apenas à grade curricular, mas também, as condições estruturais das instituições de ensino, e a situação de trabalho do professorado, os quais encontram-se precarizados, gerando, desse modo, uma fissura no setor. Ademais, não foram promovidos debates de modo efetivo, e a população não foi devidamente consultada e informada, já que toda e qualquer mudança estimulada pelo governo impacta toda uma coletividade. Consequentemente, há existência de muitas lacunas que precisam ser sanadas, os problemas enfrentados pela educação como a evasão escolar continuará caso a reforma apresentada não seja feita de forma concreta, podendo, dessa maneira, acrescer as deficiências como a insuficiência da formação crítica do aluno embasadas em matérias essenciais, tal como a filosofia, matéria pouco exploradas na nova matriz curricular. Fica clara, portanto, a necessidade de resolução desse impasse. O Governo Federal, por intermédio do Ministério da Educação, deve fomentar campanhas e debates nas escolas sobre a nova reforma, convidando os pais dos alunos e professores a conhecerem o novo programa, e a se posicionarem sobre os possíveis impactos, e como solucioná-los. Além de disponibilizar cursos de capacitação para os docentes apresentando um plano de carreira, a fim de minimizar a precarização da classe que forma a sociedade brasileira.