É inegável que o ensino médio brasileiro precise de intervenções e posteriormente mudanças, visto que, o sistema atual não contempla o ensino profissionalizante, nem abrange completamente as áreas de conhecimento presentes no Exame Nacional do Ensino Médio. Todavia, essa reforma já aprovada, apresenta nítidas inconsistências que podem impedir o sucesso dessa mudança, tendo em vista o sucateamento e a estrutura insuficiente das escola, aliado à falta de capacitação dos professores. Primeiramente, relacionado à insuficiência de estrutura, nota-se que grande parte das escolas brasileiras apresentam déficit de espaço físico para alocação dos alunos, tanto que, espaços alternativos são transformados e adaptados em salas de aula. Além disso, o modelo atual de ensino possibilita o uso de cada sala de aula em três períodos diferentes, comportando assim, mais alunos. Dessa forma, a implementação do ensino em período integral, reduz a quantidade de alunos comportados pela escola. Nesse sentido, a falta de capacitação dos professores ficará mais acentuada na medida em que novos conteúdos precisam de métodos diferentes ou inovadores para o entendimento dos alunos. Tal circunstância ocorre pela aplicação da mudança de forma abrupta, sem tempo suficiente para adaptação e execução dos novos métodos previstos pela reforma. Dessa forma, o poder público deve destinar mais investimentos à reformas e à ampliações nos espaços das escolas, dito isso, cabe ao ministério da educação estimular e desenvolver o aperfeiçoamento e novas atividades junto aos professores, com cursos de atualização de conteúdo e métodos inovadores de ensino, para que os alunos absorvam e se habituem as novas exigências do ensino.