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Enviada em: 25/06/2018

" O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". A frase do filósofo Immanuel Kant pode ser usada para retratar a importância da educação na vida de um cidadão. Todavia, modificações educacionais ao longo do história brasileira contribuíram para uma educação mecânica e engessada dos alunos. Ademais, vale citar que hodiernamente o país enfrenta a tramitação de uma Medida Provisória para a reformulação do ensino médio, a qual é alvo de críticas negativas por ser limitante e não oferecer meios de implementação rápida nas escolas.        Retroagindo historicamente, vale ressaltar que a primeira escola brasileira foi fundada em Salvador, em 1554, por jesuítas, sendo uma educação estritamente católica e excludente. Com o avançar dos anos, houve inúmeras reformulações no ensino, dentre elas, cabe citar a que ocorreu na Era Vargas, conhecida como Reforma Capanema, que tinha o fito de melhoramento do sistema de ensino brasileiro, mas era parcialmente segregadora, pois oferecia disciplinas com vistas profissionalizantes aos mais carentes e uma formação teórico-pedagógica às classes mais abastadas. Atualmente, a Medida Provisória que encabeça a reformulação do ensino médio é vista como mais uma medida limitante, uma vez que, os itinerários educativos oferecidos (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Educação Profissionalizante) serão facultativos por escola, cabendo ao aluno poucas escolhas para o curso dessas disciplinas. .           Outro fator a ser discutido diz respeito a ausência de estrutura das escolas públicas, dificultando a implementação do novo modelo de ensino-aprendizagem. De acordo com especialistas entrevistados pela Revista Exame, em 2018, as escolas não possuem suporte físico para manter estudantes em período integral e tampouco professores capacitados para tal mudança, uma vez que, não são oferecidos cursos de reciclagem ou especialização rotineira para esses profissionais. Dessa forma, a educação oferecida nessas instituições seria muito aquém do recomendado, comprometendo a formação educacional dos alunos.        Destarte, faz-se necessário que o Ministério da Educação implemente as mudanças supracitadas de maneira igualitária e gradual em todas as escolas públicas, a fim de reduzir os impactos negativos aos alunos, como o aumento da evasão escolar. A introdução de palestras informativas durante as aulas são de grande valia para o entendimento da nova rotina. Outro ponto é o investimento em infraestrutura para essas instituições de ensino e a capacitação dos professores, através de cursos de especialização pedagógica para que o ensino oferecido não reduza o seu potencial e sirva de ferramenta fundamental para mudar a vida desses adolescentes.