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Enviada em: 17/07/2018

Consequências inevitáveis da reforma do ensino médio   Segundo o filósofo Immanuel Kant “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Esse pensamento enaltece o papel da educação para a formação do cidadão. Já na atualidade, discute-se sobre o futuro da educação brasileira devido a reforma do ensino médio por apresentar recursos limitados e consequentemente falta de qualidade.    O Brasil é conhecido mundialmente por pagar salários miseráveis a seus professores como apontam os dados da OCDE, que o professor de escola da rede pública recebe, em média, 10.375 dólares por ano, perdendo  no ranking apenas para a Indonésia. Além disso, a reforma prevê que as redes de ensino público contratem profissionais de notório saber, que são professores contratados sem a exigência de diploma. Nesse caso, a escola em tempo integral sem mais recursos acarreta precarização da carreira dos professores, assim como o rebaixamento do nível de qualidade do ensino para os estudantes.           Conforme o plano proposto, gradualmente as escolas vão passar a ser integrais e a carga horária mudará de 800 horas anuais, para 1400 horas anuais. No entanto, de nada adianta ampliar a quantidade de horas na escola sem ter qualidade, visto que uma carga horária ruim, como já acontece em muitos estados, fica ainda pior se for de sete horas. Logo, tudo isso contribui para o desinteresse ainda maior por parte dos alunos acarretando a fugacidade escolar principalmente ao se retirar disciplinas que eles tendem a gostar como Educação Física e Artes.   Desse modo, faz-se necessário que o Ministério da Educação realize mudanças nessa nova reforma do ensino médio, e que ela não deixe de ser igualitária em todas as escolas públicas. Ademais, que sejam realizados investimentos em infraestrutura para as instituições com a capacitação adequada dos professores por meio de cursos de especialização pedagógica para então oferecer uma melhor remuneração aos professores, a fim de melhorar a qualidade de ensino sem defasá-lo.