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Enviada em: 08/08/2018

As Controvérsias das Mudanças no Ensino Médio O século XXI é marcado pelo individualismo e o encurtamento do espaço de comunicação. Nesse contexto, a imposição da reforma do ensino médio sem um debate com quem faz a educação no país - professores, alunos, pais e escolas - gerou uma divisão entre os brasileiros que acreditam que seja uma medida benéfica e os que acham que ela pode agravar ainda mais a situação do falho sistema educacional no Brasil. A educação é a base para o desenvolvimento de um país. A falta de investimentos e de oportunidades para os mais pobres tem um impacto enorme sobre a economia. Nesse ângulo, a introdução do ensino técnico e das matérias opcionais para a especialização dos alunos abre oportunidades e serve para prepará-los para o mercado de trabalho, principalmente os alunos das escolas públicas, que sempre foram prejudicados. Além disso, poder aprender algo de seu próprio interesse motiva o aluno a estudar, sendo também um ponto positivo. Por outro lado, a escola deve se preocupar em formar cidadãos pensantes e atuantes, e não apenas trabalhadores. Sendo assim, caso disciplinas como Filosofia e Sociologia sejam retiradas da grade obrigatória, a reforma seria um retrocesso. Desestimular a formação do pensamento crítico é a razão pela qual muitos considerem a MP um "golpe contra a juventude". Ademais, a especificação das disciplinas pode não dar certo. Muitos alunos podem não estar preparados para decidir sua futura profissão no primeiro ano do colégio e, caso se arrependam, não terão as bases para seguir outros caminhos. Portanto, embora a reforma na educação deva acontecer - especialmente no ensino médio - se for feita através da Medida Provisória proposta pelo Ministério da Educação, podem surgir impactos positivos e negativos muito maiores do que o esperado. Para que se entre em acordo a respeito do que deve ser tomado em conta para melhorar o futuro do país, professores e alunos devem ser consultados por meio de pesquisas nas escolas. Além disso, quando as medidas começarem a ser postas em prática, o MEC em junto com as secretarias municipais e estaduais, devem fazer visitas periódicas aos estabelecimentos escolares para que as mudanças que favorecem os alunos sejam feitas de maneira adequada. O filósofo e educador Paulo Freire sempre defendeu a importância do diálogo e da educação e assim, a favor de suas ideias, os futuros trabalhadores estarão prontos para fazer o país crescer.