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Enviada em: 05/09/2018

Segregação em forma de mudança       A Reforma do Ensino Médio é assegurada por uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que determina 60% da estrutura obrigatória à todas instituições e 40% flexível, denominado itinerário formativo. Entretanto, o que ela propõe é uma seletividade, visto que não se preocuparam em saber as opiniões da população e que nem todas as escolas conseguirão realizar tudo que ela estabelece, como o tempo integral. Além disso, outro fator que tem preocupado alunos e professores é o notório saber.       Diante disso, é visível que a didática pública brasileira, necessita de mudanças, mas essas devem estar ao alcance de todos. Todavia, a implantação dessas alterações de acordo com o que foi apresentada chega a ser uma utopia, pois a realidade de muitas escolas do Brasil é outra. Definir tempo integral em instituições com infraestrutura precária, que por muitas vezes não possuem recursos para dar alimentação adequada aos educandos em apenas um período, é comprovar a segregação que vem sido aplicada a anos.        Nesse sentido, a educação no Brasil precisa de muito mais que apenas mudança na carga horária ou itinerário normativo, precisam de visibilidade para que o Ministério da Educação (MEC) olhe para todo o país e veja as múltiplas deficiências das escolas públicas. A respeito do notório saber, diz respeito a pessoa com conhecimento na área, mas não necessariamente formado em licenciatura, é mais viável ao Estado devido o custo ser menor, pois não há outra relevância para estabelecer essa medida. Já que os docentes possuem o curso justamente para aprender a ensinar, e nesse enfoque o ensino-aprendizagem é que perde.       Infere-se, portanto, que os problemas do ensino público vai além de todas as medidas impostas. Dessa forma, é indubitável que os discentes se informem sobre as alterações que estão sendo propostas pelo governo e que não permitam que a educação seja um mecanismo de discriminação, para isso devem fazer campanhas e protestos em escolas e em frente a órgãos públicos juntamente com os orientadores, com o intuito de manifestar suas necessidades e exigir seus direitos. Ademais, os educadores não devem admitir essa situação, de modo a reivindicar melhorias nas condições de trabalho, promover ouvidorias públicas com o MEC, a fim de que possam continuar exercendo aquilo que se habilitaram e prossigam contribuindo para uma magistério mais justo e de qualidade.