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Enviada em: 01/10/2018

A ditadura Vargas na década de 30 foi responsável por uma atualização da educação que articulava o ensino médio e técnico, uma maneira provável de ocorrer nos dias atuais em virtude da reforma do ensino médio proposta no governo Michel Temer. Como todos os assuntos geram grandes discussões, com essa temática não foi diferente já que, a população não se sente representada com essa reforma sendo ela uma medida provisória, ou seja, não foi necessária a intervenção social e até mesmo de outros poderes para ela acontecer. Assim, convêm expor os pontos que se relacionam com essa questão como a possível exclusão de camadas pobres do ensino de qualidade e a inviabilização do aluno que estuda e trabalha.         Nota-se que o ensino médio atual tem sofrido diversas críticas em meio a um cenário conturbado como, por exemplo, a alta taxa do analfabetismo. A fim de tentar equilibrar tal situação, a reforma veio com o intuito de ajudar no progresso de uma educação de qualidade e pública o que, no entanto não se mostra tão efetivo assim dado algumas mudanças como tornar matérias de cunho crítico opcionais. Com isso, é possível perceber que as escolas particulares vão continuar ofertando tais ensinos, enquanto que as públicas deixarão de proporcionar aulas de ciências humanas de modo a produzir operários ao invés de mentes pensantes.        Outra mudança que merece uma atenção é o aumento da carga horária do aluno. Essa medida de certa forma não leva em conta o número de estudantes que conciliam o trabalho e a escola. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC), Organização dos Estados Interamericanos (OEI) e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), aponta que 28,9% estudam e trabalham, ou seja é um tanto quanto incoerente propor um reforma que não inclua todos com igualdade.         Portanto é visível que a medida provisória traz opções que buscam melhorar o ensino, mas que não ocorre. Assim, fica indiscutível a intervenção das instituições escolares contra essa reforma. Por meio de manifestações organizadas, com a participação de sindicatos, pais, professores e alunos na cobrança de reverter esse processo e exigir um projeto de lei com enfoque no ensino médio a ser discutido em sociedade de maneira democrática. Talvez assim seja possível um nova legislação que beneficie a todos os estudantes.