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Enviada em: 28/09/2018

"Maquiando" a educação.    Atualmente a educação pública brasileira é considerada uma instituição falida, onde falta infraestrutura, assistência aos alunos e condições de trabalho aos professores. Situação que levou o Governo Federal a propor alterações, através de uma medida provisória, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Questão que vem dividindo opiniões. Mas afinal, essa medida é para melhorar as condições de ensino ou para "maquiar" a educação brasileira?    Nesse processo, a proposta de alteração, que será financiada por 1,5 bilhões da verba Federal, propõe mudanças na jornada escolar de 7 horas diárias, caracterizando ensino integral e na matriz curricular nacional que será dividida em base obrigatória, formada por linguagem, matemática, ciência da natureza, humana e social e formação técnica profissional e em base flexível, formada por sociologia, filosofia e educação física.    Diante disso, analisa-se evidências de que essas medidas são sim táticas para "maquiar" a educação nacional brasileira. Partindo do pressuposto que a não obrigatoriedade de matérias que são essenciais para a formação do senso crítico e social dos alunos e o foco em materiais de ênfase do Exame Nacional do Ensino Médio, só revela o real interesse em alcançar "melhorias" no ensino do país ao invés de uma formação completa e sólida dos seus estudantes.    Em virtude dos fatos, nota-se que medidas midiáticas e imediatistas não são soluções para o problema. Portanto, cabe ao Governo Federal e ao Ministério da Educação que invistam em especialistas em ensino público para estudar e estruturar mudanças mais efetivas para formação acadêmica dos alunos, visando também infraestrutura, recursos humanos, formação e remuneração docente, proposta pedagógica atrativa aos jovens e tudo isso com participação popular em ouvidorias e debates públicos. Priorizando a formação de excelência, evitando, assim, futuros equívocos nas escolhas das carreiras e despreparo diante das oscilações do mundo.