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Enviada em: 28/09/2018

Aprovada como medida provisória, a reforma do Ensino Médio visa melhorar a crise institucional da educação.Entretanto, apesar de apresentar fatos positivos, os negativos se sobrepõe a eles.Dessa maneira, essa proposta inviabiliza o ensino, uma vez que não só obriga jovens a negligenciar seu futuro, como também aprofunda as desigualdades sociais.            O sistema educacional brasileiro enfrenta uma grave crise. À vista disso, existe a necessidade de criar um processo mais interdisciplinar e integrativo, bem como que contemple todas as matérias, a fim de tornar os alunos sujeitos críticos e com capacidade de escolher as melhores opções para o seu futuro. Todavia, a reforma do Ensino Médio não sana essa necessidade, mas sim dissolve os conteúdos, a medida que não existe nenhuma garantia de que os componentes sejam de fato tratados como foi afirmado pelo César Callegari- presidente da comissão de elaboração da Base Nacional Comum Curricular-. Por esse motivo, esse modelo de educação torna-se uma violação ao jovem brasileiro, já que não oportuniza um ensino formador de cidadãos críticos.     Ademais, a reforma do Ensino Médio permite que 40% do ensino seja a distância, o que conforme César Callegari reconhece: “É um aprofundador das desigualdades”, visto que as instituições privadas, a qual visa a mercantilização do ensino, não adeririam ao ensino a distância, pois sabem que recebem por disponibilizar um ensino substancial o qual não condiz com o EAD nessa fase tão importante na formação dos indivíduos, enquanto as públicas que não tem recursos adeririam. Dessa forma, não haveria integração entre alunos e professores dificultando a formação dos indivíduos.      Além disso, a reforma torna-se cruel quando não pensa que as pessoas são multifacetadas e obriga pré-adolescente a escolher uma área para se aprofundar como profissão para o futuro, não disponibilizando maneiras de trocas. Assim, pode causar frustamentos, já que é corriqueiro que jovens com muito mais idade em momento de vestibular não tenham a menor ideia do que cursar, assim como  dentro das faculdades mudam de opinião sobre sua profissão e trocam de curso, muito mais seria para sujeito que estão saindo da infância para entrar na adolescência optar, de certo modo, pelo seu futuro.      Levando-se em consideração esses aspectos, a reforma do Ensino Médio tem muitos impactos na formação dos jovens. Logo, cabe ao Ministério da Educação reformular as normas e diretrizes escolares propostas, bem como buscar participação popular para reestruturação. Desse modo, não diluir as matérias ou transformar o ensino em a distância, mas sim melhorar o atual com investimentos na infraestrutura, material de qualidade e valorização dos professores. Para que, assim, tire a educação da crise e melhore o futuro dos brasileiros.