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Enviada em: 01/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa as reformas no ensino médio, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.             É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a infraestrutura de algumas escolas rompem essa harmonia, haja vista que precisariam de subsídios para ampliar e reformar seus espaços para atender a demanda de alunos e a contratação de novos professores especializados no ensino técnico oferecido. O que torna-se inviável devido a PEC 255 aprovada pelo governo, no qual congela investimentos destinados a educação por 20 anos.                 Outrossim, destaca-se a nova grade curricular como impulsionadora do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que as disciplinas de português e matemática serão obrigatórias e as demais áreas os alunos terão de optar de acordo com a sua formação profissional. Isso é preocupante, principalmente porque esses jovens encontra-se em uma fase de inconstâncias, em que pode acarretar em mudanças e, por conseguinte, saírem  prejudicados nessa nova metodologia de ensino.                 É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, Ministério do planejamento e orçamento deve elaborar estratégias, tal como, alugar ambientes para o ensino, promovendo a efetivação destas novas mudanças. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Então, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por profissionais, que discutam sobre  carreiras profissionais para orientá-los na área a ser escolhida,  de forma a minimizar possíveis consequências. A fim de que o  tecido social se desprenda de certos tabus para que não haja viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.