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Enviada em: 30/09/2018

Com o advento da Terceira Revolução Industrial, os países começaram a entender que, no século XXI, a capacidade de competição econômica dependia rigorosamente do investimento no capital humano. Nesse cenário, o Brasil busca, por meio da reforma do Ensino Médio, enfrentar a ineficiência da sua educação em relação ao preparo do jovem para o mercado globalizado. Diante disso, deve-se analisar os impactos da referida mudança na escolha da carreira e na inclusão do jovem no mercado.      A princípio, convém destacar que o novo modelo pode favorecer  frustrações educacionais para o estudante. Isso acontece porque, com a implementação da reforma, o aluno deverá escolher uma afinidade intelectual em uma fase humana de constantes mudanças. Tal fato, ao contrariar a ideia ,defendida pelo sociólogo Pierre de Bourdieu, de que os gostos são resultados de um processo educativo, demanda do jovem uma sensibilidade que ele ainda não possui. Consequentemente, as chances do estudante se arrepender da escolha feita será maior, comprometendo a continuação escolar.      Atrelada a essa questão pilar, porém, é notório que a oferta do ensino técnico no cronograma do ensino médio tem um valor de inclusão que merece ser reconhecido. Essa mudança, por equipar o recém-formado com as demandas do mercado, possibilitará que a remuneração seja um evento mais recente na vida daqueles que não teriam condições de pagar cursos extracurriculares. Em vista disso, é possível afirmar que a utilidade social da educação, defendida por Gilberto Freyre, é finalmente viabilizada pelo elemento em questão.      Diante dos argumentos supracitados, faz-se necessário que o governo busque possibilitar um maior acesso a conhecimentos distintos, criando, mediante o Ministério da Educação, uma interdisciplinariedade na BNCC( Base Nacional Comum Curricular) que permita o contato com todas as matérias– com o conteúdo reduzido– junto com a escolha de estudo aprofundado do estudante com o fito de facilitar a identificação do jovem com sua vocação e eliminar os riscos de possíveis frustrações. Outrossim, é importante que os repasses financeiros para as escolas dos estados e municípios sejam cumpridos com o propósito de garantir o ambiente adequado ao ensino técnico. Assim, os jovens brasileiros estarão aptos a competir no contexto globalizado.