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Enviada em: 01/10/2018

A imposição da Reforma Brasileira do Ensino Médio      A Reforma do Ensino Médio está cada dia mais próxima de tornar-se realidade. Tal mudança é uma medida provisória, ou seja, um projeto aprovado sem o consenso da população. Teoricamente, visa melhorar a educação através do aumento da carga horária, exclusão de algumas matérias, como história e geografia e a atribuição aos adolescentes da responsabilidade de escolherem somente uma área do conhecimento para se aprofundarem. Assim, é perceptível que essas alterações precoces e mal discutidas impactaram negativamente os estudantes e, por isso, faz-se necessário que educadores sejam ouvidos e a Base Nacional Curricular Comum melhor planejada.     É importante salientar, de início, que a educação de tempo integral não implica necessariamente em mais aprendizado. A Filândia, que sempre ocupa as melhores posições nas avaliações internacionais, não possui grande carga horária nas escolas. O país foca na valorização dos professores e no reforço escolar para os alunos com mais dificuldade. Dessa forma, é válido afirmar  que mais horas nas instituições de ensino não é uma medida que resolverá o problema da educação brasileira.    É necessário afirmar, ainda, que o conhecimento é universal e não se pode classificar indivíduos em apenas uma área de interesse. Além disso, adolescentes são cidadãos em formação e não devem ser pressionados a escolher apenas uma área de estudo sem antes ter tido a chance de experimentar um pouco de todas as outras. Portanto, é perceptível que a mudança do ensino médio prioriza uma formação mais rápida de mão de obra, ao invés de cidadãos críticos.      Em virtude dos fatos apresentados, conclui-se que a Reforma em questão é precoce, superficial, mal discutida e elaborada. Por isso, impactará negativamente o ensino médio brasileiro. Países com  os melhores índices de educação optam por investir em cursos de atualização, bons salários e ambientes de trabalho adequados para os professores. Eles também acompanham o rendimento dos alunos de perto e dão assistência especial para aqueles com mais dificuldade, ou seja, provam que a qualidade do ensino não está ligada a quantidade de horas na escola. Dessa mesma maneira o Ministério da Educação (MEC) e o Governos Federal devem agir em relação à educação nacional.     Além disso, não deve-se pressionar os jovens a escolher somente uma área de interesse sem a possibilidade de mudança durante todo o ensino médio. Logo, o MEC deve se atentar de que o aluno tenha a chance de estudar um pouco de todas as disciplinas, podendo escolher duas áreas de interesse com a possibilidade de mudança a qualquer momento. E, por fim, a Reforma deve ser prorrogada para que professores  possam opinar e com isso reduzir os impactos negativos.