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Enviada em: 05/10/2018

A obra intitulada "A morte de Ivan Ilitch", de Lev Tolstói, discorre a respeito da falta do senso de coletividade e crítica ao individualismo. Apesar de toda a subjetividade, a trama serve como um gancho para abordar sobre os impasses encontrados ao tratar-se da reforma no setor educacional, a partir do momento que é corroborada a dicotomia existente entre qualificação profissional e condutas morais. Dessa forma, compreender o quesito abordado no âmbito político e social, eis um desafio à contemporaneidade.    Considera-se, antes de tudo, que a criação de uma cultura de criticidade, apesar de crucial, não é prioridade. De acordo com o filósofo Jurgen Habermas, a consolidação de uma "ética da discussão" corrobora a implementação de âmbitos morais. Nesse contexto, a máxima postulada por Habermas dissimula uma ótica dominante que perde a oportunidade de gerar senso crítico e ético nos jovens estudantes do ensino médio. Afinal, a reforma na educação ratifica a priorização de uma padronização escolar em detrimento da capacidade individual de questionar com racionalidade e integridade. Tal fato é corroborado ao citar a manchete do jornal "El País", no qual as disciplinas de Filosofia e Sociologia poderão ser ensinadas de forma “diluída” durante o ensino médio.   Analisa-se, também, a crise que a nação brasileira enfrenta. Salários desvalorizados, educação desigual e precária, falta de investimentos e profissionais adequados são alguns dos mais variados exemplos que confirmam a piora educacional. Pois, é notório que qualquer indivíduo tenha noção da caótica situação política e econômica do Brasil, uma vez que a gestão de um país reflete ativamente na melhoria da educação. Entretanto, a prerrogativa de uma nova base curricular para as escolas brasileiras caminha em sentido retrógrado do desenvolvimento nacional. Desse modo, a solidificação de uma mudança consiste, principalmente, em partir do geral para o individual, por exemplo, na melhoria do salários dos profissionais da educação.    Fica claro, portanto, que fazem-se necessárias medidas para tornar viável a equidade e garantia de direitos básicos. O Ministério da Educação, junto às ONGs, deve investir e fiscalizar as leis já existentes, seja por meio do reajuste salarial dos professores, criação de centros educacionais em comunidades com oficinais de teatro, dança, música e esportes, bem como assegurar a permanência dos jovens na escola com bolsas de auxílio para pessoas carentes, além de introduzir a tecnologia no ensino, utilizando o dinheiro dos impostos para que tais propostas sejam efetivadas. Também, é de suma importância que a mídia, como grande formadora de opiniões, difunda a importância de debater a temática, por meio de dados, documentários e jornais. Só assim, haverá mudanças.