Materiais:
Enviada em: 15/02/2019

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é como um organismo biológico e precisa de que todos os órgãos estejam funcionando bem para que haja equilíbrio. Nesse ínterim, a educação é uma das partes mais importantes do organismo social, visto que é essencial para o crescimento do país. Partindo disso, atualmente, o Governo brasileiro decidiu pôr em discussão uma medida provisória de Reforma do Ensino Médio. Contudo, existem possíveis impactos que preocupam toda a população, como a falta de maturidade dos alunos e precarização dos professores, e a faz buscar por medidas que alterem esse contexto.                                                              Mormente, a falta de maturidade de muitas crianças será um impasse na escolha das matérias opcionais do Ensino Médio. Segundo especialistas, o fim do desenvolvimento cerebral só ocorre, em média, aos 20 anos de idade. Nesse sentido, permitir que adolescentes de 14, 15 anos escolham, de maneira certa, o que irão estudar, durante o resto da vida, pode gerar impactos negativos, como a frustração, na caminhada desses jovens. Isso poderá ocorrer pois é muito comum, por exemplo, amar Matemática no 9º ano e ter muita dificuldade no 2º ano do Ensino Médio. Destarte, limitar pessoas que são multifacetadas às experiências limitantes do Ensino Fundamental é, sem dúvida, um problema, principalmente, quando se trata de jovens criativos que não possuem maturidade suficiente para fazer as escolhas certas.       Outrossim, mesmo com o aumento da carga horária, essa Reforma poderá trazer desvalorização para a classe dos professores. Conforme idealizou o economista Adam Smith, o capitalismo é regulado pela Lei da Oferta e Procura. Nesse contexto, atualmente, todos os alunos precisam assistir às aulas de Biologia, por exemplo, durante o Ensino Médio, porém, com a mudança, essa se tornará uma matéria optativa e, por isso, nem todos os alunos irão escolher-a, causando, assim, desemprego para os professores. Dessa forma, a procura por mestres diminuirá e, lamentavelmente, a oferta terá um desprestígio.              Portanto, fica claro que existem possíveis impactos negativos nessa Reforma e, por isso, precisa ser modificada antes de ser colocada em prática. Dessa maneira, é papel do Ministério da Educação fazer uma pesquisa pública entre estudantes, pais e professores, por meio de questionários na internet, como foi feito em 2017 com o ENEM, para que a opinião das pessoas seja levada em conta e a Reforma possa ter, na realidade, o mínimo de prejuízo possível. Assim, a educação média entrará na homeostase social.