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Enviada em: 21/10/2017

Durante o Século de Ouro ateniense, a educação era estipulada com base na classe social, enquanto os aristocratas estudavam política e filosofia, os mais pobres dedicavam-se à profissão familiar. A educação, historicamente, sempre foi atrelada à cultura e normas do país. Trazendo isso para o contexto brasileiro, fica evidente que a reforma atuará no combate à desigualdade social e reduzirá os índices de evasão escolar.    Primordialmente, cabe-se analisar o impacto da reforma sobre as famílias com maior dificuldade financeira. A reforma prevê que os alunos tem a opção de obter educação profissionalizante concomitantemente aos estudos tradicionais do ensino médio brasileiro. Assim, os alunos recém formados tem a opção de rápida inserção no mercado de trabalho já como mão de obra qualificada, ao invés de cursar o ensino superior por, no mínimo, 4 anos, podendo auxiliar na renda familiar e diminuindo os impactos da desigualdade de renda no Brasil.    Ademais, urge a necessidade de verificar-se a influência da medida sobre a evasão escolar. Em consonância com o que ocorre nos EUA, onde o currículo escolar é flexível e os alunos podem, inclusive, adiantar matérias do ensino superior, o Brasil resolveu tornar 40% da carga horária do ensino médio como escolha do estudante. Proporcionar a escolha de matérias mais interessantes aos olhos dos adolescentes incentiva a potencialização de habilidades individuais e a assiduidade dos alunos, resultando em menores números de estudantes que desistem do ensino médio.    Em suma, são evidentes os impactos que a reforma do ensino médio terá sobre a desigualdade de renda e evasão escolar. O Governo Federal deve  atuar por meio do Ministério da Cultura, ao utilizar o Instituto Brasileiro de Museus para fazer parcerias bilaterais com ONGs com objetivo de demonstrar à população a gama de benefícios sociais que a reforma trazerá. O Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação, deve monitorar os efeitos da mudança e ajustar o currículo para potencializar os efeitos de tal reforma.