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Enviada em: 30/10/2017

Nos últimos anos a educação sofreu severas modificações, tornando-a insuficiente para o desenvolvimento do indivíduo. A máxima de Emmanuel Kant " O ser humano é aquilo que a educação faz dele", ressalta como a desordem da sociedade brasileira advém da fragilidade educacional. Nessa perspectiva, a aprovação da Medida Provisória, que reformula o ensino médio, ocasionará impactos opostos aos objetivos, pois privará os alunos do livre arbítrio e acentuará a desigualdade social.       Em primeiro plano, o limite de gastos impostos pelo governo, com a educação dificultam as instituiçoes de ensino de executar a reforma na educação. Uma vez que escolas públicas, por vezes única na cidade, não terá estrutura física e didática para ofertar as cinco áreas  de escolha do aluno de Ensino Médio. De acordo com o Censo Escolar, 53% dos estudantes só tem uma escola pública na cidade, sendo assim, a escolha desse aluno será imposta pela falta de opção, e, não por aptidão. Desta maneira, o ocorrerá o direcionamento para uma profissão indesejada, formando profissionais desmotivados.        Ademais, a reforma poderá aumentar a desigualdade entre os alunos das escolas públicas e privadas. Primeiramente, a maioria das escolas privadas apresentam uma carga horária de cinco horas ou mais e um conteúdo mais diversificados. Enquanto isso, nas escolas públicas a reforma poderá comprometer o aprendizado do conteúdo abordado no ENEM e outros vestibulares. Além disso, o aumento da carga horário impossibilitará os alunos, principalmente, do turno noturno, conciliar o trabalho com a escola, aumentando a evasão escolar. Sem dúvida, essas mudanças acentuarao o abismo existente entre as instituições de ensino.       Torna-se necessário, portanto, mais estudos sobre as consequências desta lei para os estudantes, sobretudo, da rede pública. Nesse sentido, é fundamental que o governo reavalie a PEC 241, que limita os gastos com a educação, pois é imprescindível o aumento dos investimentos nessa área, que será aplicado na infraestrutura das escolas, aumento do salário dos professores e educação continua dos docentes, a fim de homogeinizar e aperfieçoar a educação para todo o Brasil.