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Enviada em: 23/10/2017

Dificuldades e superações no ensino brasileiro       Há muito tempo se discute a necessidade das reformas no padrão do ensino brasileiro atual e, por isso, foi sancionada no início de 2017 a emenda que prevê uma ampla modificação no Ensino Médio. Entretanto, as críticas quanto às mudanças vigentes no novo sistema são feitas por pais, alunos e especialistas.         Atualmente, o ensino médio é dividido em 13 disciplinas obrigatórias com uma carga horária geral de 800 horas. Com as mudanças propostas pelo ministro Mendonça Filho, a carga horária aumentou para quase o dobro e as disciplinas foram reduzidas a fim de que o estudante obtenha máximo aproveitamento das atividades curriculares e escolha sua área de especialização a partir do segundo ano. Contudo, profissionais que lidam com a problemática inferem a necessidade de maior infraestrutura e supervisão do governo para que o projeto ocorra de maneira concreta.         Além disso, o maior entrave encontrado na nova proposta é o fato de que os vestibulares não terão sua grade de exigência alterada imediatamente, gerando disparidade entre os candidatos durante a seletiva. Isso, segundo o professor de letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, provocaria uma diminuição na demanda de vagas por conta da falta de preparo e resultaria em um futuro pouco promissor aos desfavorecidos.         Todavia, a inclusão de cursos técnicos ou profissionalizantes pode alterar este cenário, já que muitos jovens procuram emprego antes mesmo dos 18 anos por conta da necessidade. Esses cursos, ministrados por professores experientes, acompanhados pelo Ministério da Educação (MEC) e oferecidos com qualidade em tecnologia e desempenho dos materiais pode resultar em uma maior demanda no mercado de trabalho de mão de obra qualificada, contribuindo para o desenvolvimento da nação.        Em vista dos fatos mencionados, é possível observar que a atual defasagem do ensino brasileiro exige mudanças, mas é necessário o cuidado e atenção para a implantação de leis e regras que possam prejudicar os indivíduos. Dessa forma, é de responsabilidade dos órgãos governamentais a verificação do real sistema de vestibulares, solicitando às fundações responsáveis a reformulação do método de acordo com a nova estrutura escolar, com o objetivo de não prejudicar os alunos e incentivá-los a estudar, além de desenvolver atividades, como palestras e pesquisas de campo, que instiguem os alunos a contribuir com opiniões e ideias que visem a melhora da educação.