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Enviada em: 02/11/2017

Sem cultura moral, não haverá saída para nenhum brasileiro                            Segundo a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Saulo), um trabalhador norte-americano equivale a quatro profissionais do Brasil. Esse resultado é fruto do fraco ensino fornecido às pessoas da "terra tupiniquim" e da cultura do "jeitinho brasileiro". É preciso reformar a educação do país, mas também é necessário que o Estado mantenha diálogo com os professores, valorizando-os.             O Estado criou o PRONATEC para que houvesse uma maior quantidade de funcionários técnicos. A reforma do ensino médio pretende priorizar também essa formação tecnicista. Não que isso seja ruim, mas um aluno de quinze anos não está preparado para decidir se deseja optar em ir a uma faculdade ou para o ensino técnico. Outro problema dessa reforma foi a falta de debate com professores e a população em geral. Essa medida autoritária lembra a Campanha da Vacinação de 1902, em que o presidente Rodrigues Alves não debateu com a população sobre os benefícios da vacina. Esse modo compulsório gerou revolta. É bem provável que essa reformulação na educação do Brasil também gere conflitos.                   Para o sociólogo Betinho, "um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência, mas pela sua cultura". Nesse pensamento, são os valores e tradições que moldam e constroem uma nação. Lamentavelmente, o país ainda possui o costume do "jeitinho brasileiro". O hábito de querer burlar ou de impôr medidas superficiais permanece na "terra tupiniquim". Somente o ensino moral desenvolverá o Brasil.               Os pais, portanto, devem dialogar com seus filhos sobre os malefícios dessa cultura do "jeitinho brasileiro". Além disso, as escolas precisam promover oficinas e teatros que evidenciem a importância do professor e a construção de costumes morais. A ética aristotélica afirma que ninguém nasce com valores formados, mas que essa formação se aprende pela repetição. Ou seja, quando alunos veem exemplos positivos no colégio e na família, acabam absorvendo essas ideias e as repassam para outros indivíduos. Cabe às organizações não governamentais a organização de palestras em comunidades carentes que reflitam sobre maneiras de melhorar o ensino nessas localidades. Compete ao Estado a reformulação da educação de modo democrático, em que haja debate e a participação de todos - professores, alunos, pais, população em geral e políticos. Por fim, é necessário que o docente brasileiro seja valorizado, recebendo melhor remuneração.