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Enviada em: 03/11/2017

A globalização trouxe consigo novas formas de interação, incluindo as do ambiente escolar. Com base nessas mudanças, o Governo recentemente realizou a reforma brasileira do ensino médio, cujo objetivo principal era torna o ensino técnico predominante nas escolas do país. Se para uns a proposta era flexível e atrativa, para outros se mostrou incoerente com a infraestrutura educacional atual do Brasil, e se tornou motivo de uma ampla discussão referente ao papel governamental e social perante a nova conjuntura.     Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, nota-se um rompimento na harmonia aristotélica no cenário da reforma do ensino médio, uma vez que, o Governo se mostra incoerente ao realizar mudanças teóricas e permitir que escolas e salas de aula continuem com uma infraestrutura prejudicada, proporcionando um ambiente educacional pouco atrativo e de insegurança. Por conseguinte, percebe-se a necessidade de uma atuação governamental mais profunda como forma de combate à problemática.     Outrossim, um ponto crítico do novo sistema é a dispersão e pouca fluidez devido a fragmentação do ensino, que pode vir a prejudicar o senso crítico dos alunos. Segundo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”. Nesse sentido, grande parte dos alunos veem na reforma uma oportunidade de deixar de estudar matérias que não lhe agradam, prejudicando seus sensos críticos e facilitando a dispersão escolar. Assim, nota-se como essa mudança pode ser prejudicial aqueles que encontram dificuldades em estudar as matérias tidas como obrigatórias.     Entende-se, portanto, que embora a reforma do ensino médio brasileiro tenha diversos pontos positivos, ainda encontra empecilhos que carecem de medidas concretas para serem combatidos. Para tanto, é necessário que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação realize, primeiramente, obras nas escolas que possuem infraestrutura precária, melhorando o ambiente de ensino tanto para alunos, quanto para professores, estimulando assim a vontade de aprender. Além disso, campanhas de abrangência nacional devem ser aplicadas junto às redes sociais, incentivando e explicando a necessidade e os benefícios de ser estudarem todas as disciplinas, ressaltando a importância de cada uma, individualmente. Dessa forma, será possível instaurar um equilíbrio aristotélico e minimizar esse intenso fato social.