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Enviada em: 23/03/2018

Segundo o jornal DW, o nível dos alunos brasileiros em matemática está 80 anos atrás dos estudantes de países desenvolvidos. Logo, não há dúvida que para melhorar a educação, o Brasil necessita de uma reforma no ensino médio. Porém, a realizada pelo governo Temer poderá ter como possível impacto a precarização do ensino.     Em primeiro lugar, infelizmente, uma das mudanças refere-se ao aumento da carga horária estudantil. Sob esse viés, é preciso compreender mais horas nas escolas não é sinônimo de melhora na aprendizagem. Pelo contrário, hoje, já se sabe que alguns métodos de ensino, por exemplo, o de Feynman(Nobel de física), oferece melhores resultados em menos tempo. Assim, passar de 800 horas anuais para 1000, apenas gerará maior cansaço físico.     Outrossim, a não obrigatoriedade de certas matérias ocasionará prejuízos na formação dos jovens. Isso ocorre, pois o mundo globalizado busca profissionais com conhecimento de diversas áreas. Dessa forma, o ensino médio poderá formar uma mão de obra especializada, como a do Fordismo. Essa se caracterizou pela formação de profissionais que realizavam uma única função. Por conseguinte, os alunos terão dificuldades de se adaptarem as necessidades do mercado de trabalho.               Fica claro, portanto, que medidas precisam ser adotadas para atenuar os danos da reforma. É dever do Ministério da Educação qualificar os docentes, mediante o financiamento de palestras e cursos, a fim de que novas técnicas de estudo sejam utilizadas nas aulas. Ademais, cabe às escolas incentivarem uma educação multidisciplinar, por meio tanto do ensino prático em laboratórios, quanto o teórico, para que se desenvolva estudantes qualificados.