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Enviada em: 11/05/2018

O Ensino Médio brasileiro contemporâneo apresenta diversas deficiências estruturais e logísticas, destacando-se, principalmente, sua grade curricular extensa, pesada e antiga, a qual remete um formato da época da Revolução Industrial e, na atual sociedade, tornou-se incondizente e inapropriada. Logo, a reforma do Ensino Médio é imprescindível, no entanto, não será por meio de medidas céleres e precipitadas solucionado a situação emergencial da educação nacional.    Tal reforma acerta em buscar flexibilizar e dinamizar o Ensino Médio com disciplinas opcionais, formato mais sincronizado com a realidade profissional, além de inserir disciplinas técnicas no currículo, proporcionando melhores oportunidades ao estudante. Todavia, estas medidas tornam-se um retrocesso a partir que retiram matérias fundamentais - como história, geografia, física,etc. - da base obrigatória, estas essenciais para a formação da criticidade pelo jovem cidadão. Esta ausência multidisciplinar também ignora áreas do conhecimento que exigem uma pluralidade de saberes, como Economia, Engenharia Ambiental, entre outras.     Ademais, não bastando os problemas citados, há ainda inúmeros desafios já presentes na infraestrutura educacional vigente, principalmente, o sistema público de ensino, o que impossibilita a implementação de outras reformas. Tais empecilhos são notáveis desde do alto sucateamento das escolas públicas até a desvalorização dos professores pela sociedade. Tal conjuntura é refletida em pesquisas organizacionais, como o IDH( Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, a qual demonstra a queda da qualidade de ensino do último relatório realizado em 2015.     Assim, torna-se evidente a inviabilidade da reestruturação do Ensino Médio, já que é necessária uma maior ação conjunta, gradual e coordenada da sociedade. Portanto, é necessário por parte do Ministério da Educação um debate democrático que inclua com eficiência as instituições educacionais, os profissionais do ramo e a população na reconstrução da base curricular do Ensino Médio. Além disso, é substancial a união dos Ministérios da Educação e da Fazenda, visando um planejamento economicamente sustentável para as problemáticas estruturais. Dessa forma, produz-se no Brasil um panorama harmonioso para o desenvolvimento da educação, a alma de qualquer sociedade.