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Enviada em: 24/04/2018

Desde a Primeira República, no Brasil, viam-se povos sendo marginalizados e inferiorizados, como os nordestinos por exemplo, fosse na política, fosse em investimentos governamentais. Atualmente, apesar de em um cenário mais evoluído política e economicamente, o legado de inferiorização desses grupos permanece intrínseco à sociedade brasileira, e uma de suas facetas de manifestação é o preconceito linguístico. Além disso, o preconceito está atrelado à falta de entendimento do conceito de linguagem.       É mister que, o etnocentrismo se mostra latente entre os indivíduos, se manifestando através do preconceito linguístico. Decerto, essa atitude gera uma maior opressão desses grupos que, infelizmente, se sentem coagidos em dar sua opinião. De acordo com Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo, que um preconceito, sendo assim, é necessário romper essas barreiras aplicando medidas para resolver essa problemática, amenizando, aos poucos, consequências de décadas de coerção.        Outrossim, o desconhecimento das diferenças entre a linguagem formal e a linguagem oral é um fator que propicia a perpetuação desse fato. Embora um indivíduo leigo em um determinado assunto não deva opinar sem antes buscar informações sobre a pauta, o que ocorre no Brasil é o oposto, facilitando, assim, a continuidade dessa repressão. Segundo Helen Keller, o resultado mais sublime da educação é a tolerância, nesse sentido, são essenciais medidas socioeducativas para esse esclarecimento.       Por conseguinte, é necessário extinguir o legado de inferiorização desses grupos e informar a população acerca do preconceito linguístico. É imprescindível que o Ministério da Cultura, em parceria com agentes midiáticos, faça campanhas de valorização desses grupos, através de propagandas e estimulando a produção de filmes que retratam suas realidades e que, o Ministério da Educação implante programas de conscientização das diferenças linguísticas, como feiras escolares, a fim de erradicar o preconceito e, consequentemente, dar voz aos que não a têm.