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Enviada em: 09/05/2018

O preconceito linguístico é um problema social. Para isso aponta a análise do escritor e linguista Marcos Bagno, brasileiro de Minas Gerais, professor da Universidade de Brasília, ele é atualmente conhecido sobretudo por sua militância contra a luta da discriminação da língua. No Brasil é muito evidente essa intolerância, e por isso, é preciso entender que há diversas variantes na língua, e uma não deveria ser mais prestigiada em relação às demais, já que ela é responsável pela comunicação e interação entre os indivíduos.    A importância da atingir o combate ao preconceito linguística passa princi-palmente pelas práticas escolares: é preciso que os professores se conscientizem e não sejam eles mesmos perpetuadores do uso da discrimi-nação dos sotaques de seus alunos. Nas aulas de Português, o ensina-mento de todas as variantes existentes na língua, contexto regional, etária, social e histórica. Isso quer dizer que a linguagem está em constante trans-formação, e os responsáveis pelas mudanças são os próprios falantes, in-dependente de classe social ou nível de escolaridade. Nesse sentido não se deve desconsiderar a gramática normativa e suas regras, já que ele serve como base para o sustento do idioma, mas sim admitir que todas as variações são inerentes a língua.    Além disso, é evidente que o fato de existir uma variante padrão faz com que as demais sejam desprestigiadas, gerando o preconceito linguístico. Esse tipo de intolerância, pouco discutida no país, acentua ainda mais a desigualdade social no Brasil, pois a língua está diretamente ligada à estru-tura e aos valores da sociedade, e os falantes da norma culta são aqueles que tem maior escolaridade e poder aquisitivo.  Fica evidente que a língua é um fator decisivo na exclusão social. Por isso, a intolerância linguística deve ser combatida. A mídia deveria parar de estereotipar os personagens de com a sua maneira e falar e poderia investir em campanhas que ajudem a minimizar esse tipo de preconceito.