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Enviada em: 18/06/2018

A língua portuguesa apresenta diversas variações, sem a existência de uma só forma no seu falar. Entretanto, alguns falantes consideram qualquer desvio da norma padrão incorreto. Sendo assim, é presente o preconceito linguístico na sociedade brasileira seja pela repressão das variedades presentes na língua, seja pela preservação da ideia de que apenas os falantes da norma culta detêm saber.   Os falantes das diversas variações linguísticas do português, são constantemente reprimidos por sua forma de expressar a língua, apesar de serem compreendidos no meio em que estão inseridos. Por exemplo, quando um indivíduo que utiliza uma das variantes da língua comunica-se com um falante da norma padrão, no qual ambas as partes se entendem. Logo, a comunicação fora da norma padrão não deve ser ridicularizada ou invalidada, ao levar em conta que o emissor e o receptor da mensagem se entendem.   Além disso, há a enraização do equivocado mito de que indivíduos que não dominam a norma padrão são menos inteligentes ou inferiores. Nesse contexto, o linguista Marcos Bagno discute em seu livro, Preconceito Linguístico, tal mito e afirma ser necessária sua desmitificação, já que tal fala é irreal. Dessa forma, mesmo sem o total domínio da fala gramaticalmente correta, taus indivíduos podem ser aptos a discutir sobre os mais variados assuntos.    Destarte, toda a exclusão e repressão das formas do falar da língua devem ser erradicadas. Logo, é necessária a atuação da escola para a apresentação das diferentes formas nas quais a língua se apresenta para a posterior compreensão pelos falantes da norma padrão de que não há modo de falar superior ou inferior. Para que, assim, os falantes fora da norma padrão sejam inseridos em todos os contextos sociais sem sofrer opressão.