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Enviada em: 15/05/2018

É indubitável que o preconceito linguístico é frequente ponto de intolerâncias, discussões e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época da Revolução Farroupilha, revolta regencial do Estado do Rio Grande do Sul, quando os estanceiros e donos de grandes propriedades rurais, usadas pra a criação de gado, indignados com os elevados impostos territoriais, além de altas taxas sobre as exportações de charque, couro e sebos se opuseram contra o Império do Brasil e, por conseguinte, esses eram desmoralizados devido ao seu sotaque regional pelo reinado existente, entre outros desrespeitos orais e, até, físicos contra mulheres gaúchas durante o conflito, a partir de então o impasse da discriminação linguística persiste. Visto que, hodiernamente, a hostilidade praticada pelo meio social, que vive em cidades capitais, contra pessoas pertencentes a região do interior é constante e constrangedora. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas rio-grandenses e o desrespeito cultural gramatical do outrem dificultam a resolução da questão.    Considerando-se a vasta miscigenação de raças e etnias, localidades que possuem o seu próprio modo dialético de se comunicar e insipiência entremeada com o bullying por parte da sociedade contemporânea, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa pluralidade e apreensão no que se refere aos indivíduos que passam por situações humilhantes, além de ataques preconceituosos por causa da maneira de se expressar.    Ademais, a xenofobia regional é existente no Tupiniquim e pode gerar diferentes agressões em razão do ódio que se desenvolve quando uma pessoa é xenofóbica e, assim, não aceita que na sua cidade outras pessoas com costumes e gírias se manifestem essa problemática acontece ainda mais em cidades pequenas. A Biologia nos mostra com Darwin que nem sempre é o mais forte quem sobrevive, mas aquele que melhor se adapta a novas situações. Nesse ínterim, é possível afirmar que o corpo social precisa se adaptar e, principalmente, respeitar as pessoas com princípios linguísticos diferentes.   Convém, desse modo, ao Ministério da Educação promover, com uma parcela dos impostos públicos fornecidos pelo Governo, palestras nas principais praças públicas de  todas as regiões brasileiras para a população, incluindo também instituições de ensino públicas e privadas, com professores de sociologia e geografia, além de comunicados feitos por psicólogos em relação ao preconceito e ao bullying, os quais são persistentes nos dias atuais, para que, assim, a população e os alunos, que podem lidar anualmente com alunos novos provenientes de cidades do interior dos estados, estejam cientes do respeito que essas pessoas precisam ser tratadas. Afinal, um país que já foi tão arrogante com o povo do Sul, durante a Guerra dos Farrapos, é digno de tolerância entre todas os linguajares.