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Enviada em: 29/09/2018

Conforme relatou o sociólogo Émile Durkheim na obra “A divisão social do trabalho”, a sociedade passou por um processo de evolução que parte de sociedades simples para complexas. Hodiernamente, a população brasileira permanece inarredável a fatos provectos. Diante disso, é válido analisar as complexidades do preconceito linguístico impostos pelo novo modelo de sociedade, em suma, oriundos da herança histórico-cultural e da intolerância.        Em primeira instância, a herança histórico-cultural é um dos maiores empecilhos para que o preconceito linguístico não seja solucionado. Consoante John Locke, “O ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências”. Nesse sentido, o indivíduo desde muito cedo é integrado a culturas intolerantes à pluralidade linguística do Brasil, ou seja, culturas perversas são heranças passadas de pai para filho, o que inviabiliza a estagnação do preconceito linguístico. Em decorrência de tamanha indiligência, pessoas com sotaques ou modos de se expressar diferentes acabam recuando-se do meio social, afetando moralmente e psicologicamente essas pessoas.        Além disso, nota-se, ainda, que o preconceito enraizado contribui para que o problema seja propagado. Isso decorre das décadas de 20,30 e 40, quando o movimento literário e cultural modernismo, chocou a sociedade com obras de cunho social e nacionalista, com enfoque na diversidade de termos do Nordeste, uma vez que foi a região mais colonizada e polarizada da nação. Em razão disso, a população nordestina é a que mais sofre preconceito linguístico, como aponta a pesquisa do IBGE, na qual 88% dos nordestinos não conseguem encontrar trabalho nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, resultante do modo de falar. Em virtude disso, é de suma importância a criação de intervenções em prol da realidade do país.        Em síntese, verifica-se, portanto, que as variedades linguísticas são fatores que potencializam à exclusão social. Em razão disso, é imperioso que o Governo Federal formule propagandas mediáticas de caráter conscientizador, com mensagens fortes, importantes e que sejam transmitidas em âmbito nacional, com a finalidade de conscientizar a população e enaltecer a diversidade brasileira. Ademais, é mister que o Ministério da Cultural promova programas de integração social, mediante pesquisas públicas, com o intuito de torna o direito à cidadania acessível e igualitário. Dessa forma, as complexidades da teoria durkhaniana não estarão presentes na contemporaneidade.