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Enviada em: 11/06/2018

A obra "Macunaíma",escrita por Mario de Andrade em 1928 relata o autor reunindo culturas,religiões e costumes na tentativa de valorizar uma identidade brasileira pautada na diversidade.Não obstante,essa idealização literária diverge após um século na sociedade contemporânea por meio dos desafios do preconceito linguístico no Brasil.Dessa vez,os "aprisionados" são os variantes da língua vítimas de um caminho em apuros.      Nessa caminhada,ressoa como destaque o papel estatal omisso.De acordo com Thomas Hobbes na obra "O leviatã" o estado deve estabelecer um contrato social em que garanta a segurança do povo e iniba um convívio cáotico.Análogo a isso, é notório perceber que no Brasil a discriminação da fala rompe essa harmônica por meio dos preconceitos evidentes devido a falta de entendimento do que é certo e errado.Prova disso,de acordo com os dados da Revista Data Folha um médico em São Paulo desrespeitou um paciente por corrigir e satirizar sua fala nas redes sociais.Tal dado alarmante reforça o descompromisso com a vida e um convívio caótico.       Outro aspecto que contribui para esse percurso é o papel social evidente.Como afirma o filósofio Rosseau:"O meio social influência as ações do cidadão".A partir desse pensamento,é notório perceber que,o preconceito linguístico na sociedade brasileira, confirma a teoria do filósofo uma vez que o pensamento social de associar somente a norma culta correta reflete nas gerações futuras o qual acarreta na exclusão social de pessoas com sotaques regionais por meio de risadas e correções,estabelecendo assim,problemas de interação e receios de se expressar no âmbito escolar e social.Prova disso,de acordo com os dados coletados pelo IBGE em 2017,60% dos brasileiros consideram errado o falante fora da norma culta.Logo,urge estabelecer medidas efetivas no combate a discriminação da língua.          Evidencia-se,portanto, para que os desafios do preconceito linguístico seja erradicado são cruciais duas alternativas para combater o impasse.A primeira, se vincula no papel do Ministério da Educação em aderir por meio de palestras lúdicas e debates em sala de aula a valorização das variantes da fala a fim de respeitar e aceitar as diferenças existentes.A segunda,cabe ao papel midiático com sua função engajada alertar a sociedade por meio de propagandas semanalmente a valorização e a importância dos sotaques regionais e a instrução correta do certo e errado da língua.Sendo assim,por meio de atitudes éticas e ações benéficas o legado de Mario de Andrade se sustentará