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Enviada em: 12/06/2018

Os ideais de língua gerado por uma escola dogmática      A implantação da Língua Portuguesa no Brasil Colônia foi um processo iniciado por portugueses, mas a sua história foi influenciado diretamente por povos africanos, indígenas e europeus. Desse modo, a língua do Brasil tornou-se tão plural quanto seu povo. Porém, hodiernamente o alguns descendentes dessa antiga colônia esqueceram-se de suas raízes miscigenadas, dando lugar a um sentimento de superioridade, gerando, por consequência, o preconceito linguístico na sociedade brasileira ocasionado por ideais de língua e uma escola dogmática.    Em primeiro plano, é necessário enfatizar que o preconceito linguístico tem uma origem cultural. E, nesse contexto a norma culta da língua portuguesa é considerada como padrão de escolarização e classe social mais elevada dos indivíduos, e qualquer fala que fuja a isso é ridicularizada, pois explícita uma classe social menos privilegiada. Seguindo essa linha de raciocínio, o historiador Nicolau Maquiavel sustenta a ideia que os preconceitos têm mais raízes do que princípios.    Além dos ideais de língua outro problema inerente ao preconceito linguístico é uma escola dogmática. Outrossim, as dimensões geográficas do Brasil torna impossível uma padronização da língua como única e absoluta, segundo o linguista Marcos Bagno. Entretanto, a norma culta é padrão e cobrada em todo país, extinguindo a possibilidade das diferentes expressões e dialetos de cada região. Desse modo, localidades mais distantes de grandes centros são taxadas de iletradas por fugirem a essa aparente unificação.   Torna-se evidente, portanto, a necessidade de que a sociedade brasileira aceite este País multifacetado. Para que isso ocorra, cabe ao Poder Legislativo criar e aprovar uma Lei que torne crime o preconceito linguístico, como já é delito o preconceito racial, a punição destes criminosos deve ser feita por meio do Poder Executivo, visando a proteção de todo cidadão como previsto no quinto artigo da Constituição. E, cabe também ao Governo Federal, a criação de decreto que dê a cada Estado uma maior independência, para que suas escola ensinem a normal culta que seja condicente com sua região, por meio do Ministério da Educação e Cultura (MEC), a fim de priorizar a pluralidade da Língua Portuguesa.