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Enviada em: 28/06/2018

O Modernismo foi um movimento literário que surgiu no Brasil, em 1922, com a Semana de Arte Moderna e tinha como um de seus objetivos a incorporação da linguagem coloquial, característica que não se via nas obras romancistas. Um exemplo foi Mário de Andrade, no qual teve a preocupação de usar uma linguagem que fosse reflexo da cultura popular. Contudo, mesmo com as grandes mudanças que ocorreram na sociedade, nos dias atuais ainda existe um grande preconceito linguístico devido a falta de conhecimento de muitos que acaba acarretando em uma exclusão social de uma parte da população menos favorecida.   É irrefutável que o poder da mídia em relação ao conhecimento da população é uma das razões deste problema. Segunda dados do portal G1, 63% dos telespectadores brasileiros têm como a televisão o principal meio de informação. Assim, se observa que o modo em que as novelas e séries propagam as variedades linguísticas potencializa o preconceito, pois muitas vezes elas são retratadas de modo cômico e ironizante. Tal fato pode ser observado no filme do Jeca Tatu, personagem criado por Monteiro Lobato, que teve destruído o seu sentido simbólico construído pelo seu autor e transformado em comédia, mostrando o jeito caipira com bastante gozação.    Além disso, o modo como as classes dominantes tratam as variâncias da língua agrava o combate ao preconceito linguístico. Segundo o escritor e linguista, Marcos Bagno, o conhecimento de linguagem normativa tem sido usada como um instrumento de distinção e dominação pela população culta. Analogamente, é notório que os usuários das gírias e sotaques regionais são vistos como inferiores pois, geralmente, eles apresentam uma baixa escolarização e desse modo há uma acentuação da desigualdade social, pois eles serão excluídos socialmente. Essa conclusão é vista no caso que aconteceu, em 2016, na qual um médico, considerado como da classe dominante, postou uma foto nas redes sociais zombando a forma de falar de um paciente, tendo uma grande repercussão no Brasil.   Em virtude dessa realidade, para que o preconceito linguístico não seja mais um problema pertinente na sociedade, é necessário partir primeiramente das escolas uma abordagem maior sobre o tema por meio de pesquisas, realizadas juntamente com os alunos, acerca das variantes linguística presentes no Brasil com a finalidade de haver um conhecimento maior e mais reflexivo aos estudantes. Também deve partir dos meios midiáticos uma mudança de postura, procurando sempre enaltecer e respeitar as vários culturas existentes no país, para que posso mudar também a consciência do seu telespectador e por fim deve partir do próprio indivíduo estar sempre buscando um maior conhecimento sobre os problemas pertinentes na sociedades, pois só assim ele não será dominado pela ignorância.