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Enviada em: 05/07/2018

O Brasil é um país conhecido por sua diversidade, tendo como base de sua formação o Índio, o Português e o Africano. A partir do Século XIX há também a inserção de imigrantes de outras nacionalidades tais como: Japoneses, Italianos e Germânicos além outros menos numerosos. Tão diverso quanto sua formação étnica, são as variedades linguísticas faladas pelos Brasileiros, infelizmente diversas variedades ainda são tratadas preconceituosamente como inferiores.      Uma das formas do preconceito linguístico manifestar-se é quando as Regiões Sul e Sudeste consideram sua variedade de fala superior à das demais Regiões do País. Citando Nordestinos como exemplo, esses quando retornam de imigrações desses locais são alcunhados de "bem falantes" após adquirirem vícios de linguagem característicos, evidenciando assim o preconceito até mesmo por seus conterrâneos. Entretanto para o educador Paulo Freire: "Não existe saber mais ou saber menos, existem apenas saberes diferentes".   Cabe também ressaltar que o preconceito não restringe-se ao regionalismo, em um mesmo locus as classes mais baixas sofrem discriminação quanto a sua linguagem, muitas vezes chamadas erroneamente de dialetos. A norma culta do português deve ater-se a situações onde a mesma faz-se necessária por convenções sociais tais como tribunais, pronunciamentos de autoridades e reuniões de negócios. Portanto as demais situações devem tolerar todos os modos de falar em equidade, sem distinções regionais ou mesmo de classe social, afinal dado a complexidade da língua portuguesa seria impossível aplicar a gramática para todas as situações cotidianas.       Podemos concluir que a superação desse tipo de preconceito passa por uma educação centrada no respeito à diversidade. E também pela realização de palestras de conscientização pelo Poder Público, além do fomento do Estado a produções artísticas tais como peças de teatro, músicas e filmes que abordem o tema.