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Enviada em: 14/07/2018

"Pão ou pães é questão de opiniães", nesse trecho de Guimarães Rosa, pode-se perceber uma crítica ao preconceito linguístico em relação as suas variedades coloquiais. É um absurdo, em um país com educação precária, que a linguagem informal seja motivo de piada e discriminação, já que o domínio da norma culta não é propriedade de todos.    Afim de se sentir sábio ou exibir sua formação muitos brasileiros apontam a linguagem alheia como errada, feia, ou digna de desprezo, porém frases do tipo: "Fale direito!" ou "Eu falei certo?" são ultrapassadas, já que "certo" ou "errado" não são parâmetros para a medição da intelectualidade. Segundo professores entrevistados pelo site Globo, existem apenas variedades linguísticas e formas de se expressar em determinada situação e não maneiras erradas, como também não existe linguagem feia ou bonita e sim diferente.    Além do preconceito com a "fala errada", existe também o preconceito com sotaques de diferentes regiões, em grande parte das vezes o preconceito é considerado por muitos piada, mas pode gerar até mesmo a xenofobia, no qual um indivíduo se julga superior a outro por conta da sua localização no espaço geográfico, geralmente as vítimas são nordestinos, que são denominados "caipiras" e que em maioria vivem em regiões pobres, além de ter algumas peculiaridades linguísticas em relação aos moradores do sul e sudeste brasileiro.     Portanto, é de extrema importância que o Governo em conjunto com o Ministério da Educação promova aulas e palestras com temas do tipo: "Variedades linguísticas" ou "Combate ao preconceito linguístico", com professores qualificados e de boa formação, e também relatos de vítimas desse preconceito, pois somente com boa educação podemos eliminar qualquer tipo de preconceito presente na sociedade. Essa estimulação a extinguir os preconceitos deve emanar e todo profissional da educação, já que são eles quem preparam o futuro da nação. bonito, se fala diferente"