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Enviada em: 23/07/2018

Na tela "Operários",da modernista Tarsila de Amaral,é possível perceber a grande diversidade cultural brasileira,representada pela artista por meio de uma variedade de rostos.Todavia,embora o Brasil seja um país marcado por diferenças culturais,facilmente evidenciadas nas distintas maneiras de falar do seu povo,muitos indivíduos tentam negar essa realidade.Contudo,tal visão corrobora com o aumento do preconceito linguístico na sociedade,um grande desafio que precisa ser enfrentado.No entanto,convém analisar as principais causas da temática seja pela discriminação,seja pela ausência de educação.              Geograficamente,o Brasil é dividido em cinco regiões,em cada uma há uma cultura e um sotaque diferente para pronunciar o português brasileiro.Conquanto,geralmente,os sulistas por se considerarem mais desenvolvidos do que os nordestinos atacam constantemente o Nordeste, debochando da maneira que eles falam.Tal fato,observa-se,por exemplo,nas novelas da Rede Globo,os personagens que são pobres e que não falam português corretamente são das cidades próximas à Linha do Equador.Com base nisso, para o cientista Albert Einstein,"é mais fácil desintegrar um átomo do que o preconceito enraizado".               Nesse contexto, outro fator impulsionador da temática é o baixo nível de escolaridade.Aliada a isso,segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,apenas 6% do Produto Interno Bruto é investido na educação,porcentagem baixa,haja vista a dimensão do país.Em relação a isso,muitas pessoas não estudaram ou não concluíram os estudos devido as situações precárias ou greves escolares e,além disso,há a questão financeira que muitos ingressam no mercado de trabalho cedo para suprir as suas necessidades.               Sob essa conjectura,o Governo Federal,frisando o Ministério da Educação,deve escolher um dia do ano para ser de conhecimento nacional que se chame "Brasil unido em uma só língua",por meio das escolas públicas e privadas.Nele,os jovens vão participar de debates e workshops com políticos,professores e especialistas da área,com a finalidade de fazer uma abordagem mais aprofundada sobre esse tema, além de ensinar, nas aulas de Português, todas as variantes existentes na língua,nesse âmbito,paralelamente a citação de Pitágoras,"eduquem as crianças,para não precisar punir os adultos".Cabe,ainda,a mídia com o seu poder persuasivo,deve parar de estereotipar os personagens de acordo com a sua maneira de falar e investir em campanhas que ajudem a desconstruir o preconceito linguístico. Afinal, ser um “bom” falante é ser poliglota na própria língua.