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Enviada em: 29/07/2018

O Modernismo trouxe para a literatura brasileira inúmeras inovações,como a presença marcante da oralidade em seus textos.Embora, fosse considerado por muitos como um movimento infrutífero, ele prestigiou as diversas variantes da língua portuguesa, a fim de combater o preconceito instaurado sobre elas.Contudo, ainda é preciso analisar as causas e consequências desse cenário de intolerância linguística, com o propósito de ,enfim, solucioná-lo.     Em primeira instância,é válido enfatizar,como aspecto motivador, a imposição da norma culta.Isso ocorre,em suma,pois,existe uma confusão entre os conceitos básicos de língua e de gramática normativa.É necessário salientar que essa é apenas uma parte de um todo - como a própria metonímia- e não deve,por isso,ser sobreposta a nenhuma outra forma de comunicação.Assim,deve-se reafirmar que não há uma hierarquia dentro da linguística justamente com o intuito de evitar efeitos negativos,como a repressão sobre a fala de um indivíduo.      Em adição,convém ressaltar também a desvalorização das demais variantes linguísticas.A saber, o próprio regionalismo evidenciado em obras, como "Vidas Secas" de Graciliano Ramos, vê-se criticado pelo seu caráter popular por pessoas as quais ainda insistem em uma aplicação autoritária da norma culta.Logo, como resultado do preconceito linguístico mencionado é maximizada a segregação social entre os indivíduos, fenômeno esse que deve ser revertido.     Fica evidente,portanto, a relevância de medidas as quais visem mitigar o impasse.Diante desse cenário,cabe à escola desenvolver melhores práticas pedagógicas de ensino da linguística,além de promover a valorização das heranças biográficas dos estudantes e das demais variantes da língua,por meio de projetos que associem essas formas de comunicação e,principalmente, as incluam no processo de aprendizagem, com o propósito de ampliar não apenas o conhecimento,mas também o respeito pelo diferente.