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Enviada em: 29/07/2018

Conforme a lei da inércia, segunda lei de Newton, um corpo tende a permanecer parado até que uma força suficiente atue sobre ele e mude seu percurso. Nesse sentido, verifica-se que ao analisar a questão do preconceito linguístico, fatores como a discriminação da sociedade e a intolerância nas redes sociais funcionam de forma análoga as leis de Newton, contribuindo para a permanência do estado inerte, sendo assim, é necessário medidas que atuem e mudem essa problemática.        Convém ressaltar, a princípio, a rejeição por parte da população é o principal paradigma da persistência do problema. Isto é, a herança linguística adquirida a partir da mistura entre o idioma dos colonizadores portugueses e os dialetos indígenas no vasto território brasileiro, resultou em diversas formas de falar a mesma língua. Dessa forma, é perceptível que as inúmeras diferenças no âmbito regional, etário e estilístico não configuram erro, porém, atualmente, várias pessoas ridicularizam a linguagem de seus conterrâneos pelo desconhecimento de fatores históricos e culturais de seu país. O resultado disso são pessoas cada vez mais individualistas e reservadas aos seus vínculos.        Além disso, é importante destacar os impactos causados pelo advento da internet e os desafios a serem superados. Isso ocorre, uma vez que nas redes sociais há uma mobilização maior em torno de más intenções, o discurso de ódio, as discriminações e preconceitos linguísticos são disseminados rapidamente e direcionadas sobretudo aos nordestinos e pessoas de baixa renda. Por exemplo, ao ingressar na escola, uma criança que apresenta uma variante linguística diferente da sua turma, acaba por sofrer rejeição nas redes sociais pela sua forma de falar. Por consequência disso, o desenvolvimento do aluno será prejudicado e se tornará uma pessoa de baixa autoestima e emocional abalado.        Diante dos fatos supracitados, é evidente que a questão da discriminação linguística precisa ser revisada para melhorar os vínculos no corpo social. Por isso, cabe às escolas, incentivar o amplo diálogo no seio familiar e combater o preconceito, a partir de palestras e fiscalização, como o acompanhamento por professores e psicólogos, cuja finalidade é conscientizar a comunidade da necessidade de aceitação das diferenças. Como também, é dever das redes sociais, buscar medidas para evitar a propagação das intolerâncias, por meio do bloqueio de usuários que estão envolvidos, a fim de diminuir o grande número de conversar com ponto de vista radical. Dessa forma, as medidas propostas apresentam forças suficientes para mudar o percurso da problemática.