Materiais:
Enviada em: 01/08/2018

O fenômeno "língua viva" se dá pela variação linguística em decorrência de mudanças no espaço e no tempo. Nesse contexto, a linguagem é um sistema dinâmico. Contudo, no Brasil perpetuam-se ideias elitistas as quais menosprezam e subjugam aqueles que "falam errado".       A priori, é correto afirmar que o preconceito linguístico é uma questão de classe. Indivíduos que vivem à margem da sociedade têm acesso à pouca ou nenhuma educação, sendo assim, mais suscetíveis aos ataques. O fato se mostra brutalmente real uma vez que o ex-presidente do país Luíz Inácio, de origem periférica, sofrera inúmeros assédios em virtude de seu modo de fala.       Ademais, a problemática contribui para o silenciamento desses indivíduos marginalizados dado que assume existir ligação intrínseca entre capacidade mental e oratória culta. Tal discurso elitizado restringe o conhecimento apenas à academia tradicional de ensino, ignorando outras fontes de aprendizagem.       Entende-se, diante do exposto, a necessidade de políticas públicas para minimizar o impasse. Cabe ao Ministério da Educação promover, a médio prazo, debates e palestras nas escolas que tenham foco em enfatizar as diferenças culturais e linguísticas no país a fim de estimular a cidadania e o respeito à diversidade. Desse modo, poderemos construir um âmbito escolar e social mais colaborativo, flexível e ativo assim como a linguagem.