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Enviada em: 03/09/2018

Desde o Brasil Colônia, ocorrida no período de 1530 a 1822, já haviam indícios de um preconceito linguístico entre os colonizadores e colonizados, colocando-se em plano uma visão de superioridade. Na contemporaneidade, a realidade não é tão distante disso, tendo em vista o aumento de casos de discriminação linguística. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o pensamento de herança sociocultural e a visão etnocêntrica entre regiões.   É importante pontuar, de início, o pensamento preconceituoso decorrente da antiguidade que rodeia a sociedade vigente. Isso decorre da transmissão entre gerações a ideia de melhor ou pior em razão das variedades linguísticas das regiões brasileiras, podendo ser evidenciado tal caso no meio televisivo onde utilizam-se de bordões regionais, criando-se um esterótipo de certo personagem. Nesse aspecto, pode-se criar relações com o conceito da teoria da Tabula Rosa, onde o indivíduo nasce em uma folha branca, e com a experiência vivida, cria-se suas ideias e pensamentos, gerando como consequência, no caso, um pensamento preconceituoso que irá continuar em um ciclo sem fim.  Além disso, nota-se, ainda, que existe na sociedade uma visão etnocêntrica sobre cada região. Isso decorre em razão de um grupo de indivíduos considerar sua maneira de falar superior ao de outros grupos, por exemplo, a relação entre certos sulistas sobre nordestinos, ou até mesmo a relação entre capital e interior dos estados brasileiros. Pode-se ter como exemplo, a expressão ''Oxente'' utilizado comumente nas regiões nordestinas, porém, vista no sul como deboche.  Em consequência disso, gera-se a discriminação linguística, fato ocorrido em grandes números por meio das redes sociais, resultando-se em conflitos psicológicos, verbais e físicos. Fica evidente, portanto, que o preconceito linguístico no Brasil necessite ser erradicado urgentemente. Em razão disso, cabe ao Poder Judiciário a criação de leis especificas que vise ter como objetivo a pena em casos de discriminação, a fim de diminuir os casos de tal problemática, criando, assim, uma equidade entre regiões. Ademais, ao Ministério da Educação cabe realizar parcerias com as escolas, com fins de realizar palestras educativas com profissionais da área, tendo como objetivo mostrar as causas e consequência, tendo como exemplo os conflitos físicos, a fim de acabar com esse ciclo de gerações com esse pensamento preconceituoso desde do Brasil Colônia. Dessa forma, a sociedade irá descriminar esse pensamento ultrapassado, tornando-se algo melhor.