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Enviada em: 21/09/2018

No contexto social vigente, as regras da língua, determinadas pela gramática normativa, não inclui expressões populares e variações linguísticas, por exemplo as gírias, regionalismos, dialetos, dentre outros. Com isso, surge a problemática do preconceito linguístico que persiste intrinsecamente ligado à realidade do país, seja pela insuficiência de informação, seja pela lenta mudança de mentalidade social. Deve-se salientar que o Brasil possui dimensões continentais e embora os brasileiros falem a língua portuguesa, ela apresenta diversas variações e particularidades regionais. Nesse sentido, o preconceito linguístico é algo muito notório no país, visto que muitos indivíduos consideram sua forma de falar superior a de outros grupos. Assim, o preconceito contra língua acontece no teor de deboche e pode gerar diversos tipos de violência (física, verbal, psicológica). Tal fator, demonstra que os indivíduos que sofrem preconceito linguístico muitas vezes adquirem problemas de sociabilidade e até distúrbios psicológicos. Paralelo a isso os sotaques se distinguem não somente nas cinco regiões do Brasil, mas também dentro de um próprio Estado, são os principais alvos de discriminação. Por exemplo: uma pessoa que nasceu e vive na capital do Estado, enquanto outra que vive no interior. Observa-se, portanto, que apesar de viverem no mesmo Estado, quem está na capital, geralmente, acredita que seu modo de falar é superior a das pessoas que habitam o interior ou áreas rurais. Assim, esse tipo de preconceito atinge muitos grupos considerados de menor prestígio social, onde a língua portuguesa é utilizada como ferramenta de distinção social. Diante dessa problemática, consta-se que todas as variações linguísticas devem ser aceitas e consideradas um valor cultural. Para tal, o Estado, deve veicular campanhas de conscientização, na TV e na internet que informem a população sobre a diversidade de variações da língua do país e a necessidade de respeitá-las. Assim, reconhecendo e respeitando as diferenças, e, acima de tudo, entendendo o significado de preconceito da maneira que deve ser: Querer conceituar algo sem previamente haja um conhecimento sobre tal. A partir do momento em que se adquire o entendimento, percebe-se então, que o maior fruto a ser colhido é o “respeito”, ao invés da “discriminação”.