Materiais:
Enviada em: 08/08/2018

No livro O triste fim de Policarpo Quaresma, o personagem ao decorrer do livro tenta realizar projetos nacionalistas, em um deles tenta mudar a língua oficial do Brasil para o tupi-guarani, que é genuinamente brasileira. Nesse contexto é válido analisar como o preconceito linguístico está intrínseco na sociedade brasileira e os caminhos para mudar tal perspectiva.                      Em primeiro lugar é importante analisar porque o preconceito linguístico é tão comum na sociedade brasileira. Devido á enorme diversidade cultural existente no país proveniente da bases de formação brasileira como a europeia, africana e indígena, o vasto território que compõe o país e as diferenças socioculturais, é notório o estranhamento que os indivíduos demonstram ao entrar em contato com outras formas de se expressar, em muitas das vezes se tornando um motivo de preconceito e exclusão.     Outrossim, ainda há outra aspecto que contribui para o agravamento da problemática. Por conta da imposição, no ambiente escolar, da gramática os indivíduos já crescem com o estigma de que a língua não varia  apenas estimulando o preconceito visto que os indivíduos tendem a reproduzir tal ideia, e a discriminação não é vista como tal. Ademais o linguista Marcos Bagno afirma que a gramática não é a única fonte para o ensino da língua nas escolas, tanto do ponto de vista teórico quanto do prático.    Infere-se, portanto, que são atitudes inaceitáveis e devem ser combatidas. Primeiramente o Ministério da Educação e Cultura, deveria incluir na Base Nacional o ensino da língua portuguesa além da gramática, com demonstrações de regionalismos, sotaques, e expressões locais diferentes das usuais a fim de que jovens e adolescentes cresçam sem discriminar. Ademais a mídia, deveria realizar produções de filmes e novelas em diferentes regiões do Brasil, fora do eixo RJ-SP para que seja mais conhecido os diferentes tipos de fala. E assim apesar de no Brasil não haver uma língua genuinamente brasileira como desejava Policarpo Quaresma, haverá uma população  que compreende sua diversidade e não reproduz preconceitos.