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Enviada em: 09/08/2018

O físico Albert Einsten afirmava que que seria mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Hodiernamente, o preconceito linguístico permanece em constante movimento, sendo infelizmente um assunto pouco comentado e por muitas vezes ignorado. Nesse sentido, convém analisarmos os efeitos causados por esse preconceito na sociedade brasileira.  Em primeira análise, sabe-se que a linguagem tem como finalidade a comunicação entre duas ou mais pessoas e que está em constante mudança, porém a população insiste em rotular uma maneira “correta” de falar levando como consequência o constrangimento pessoal do falante. O indivíduo que sofre com essa discriminação acaba por ser desestruturado socialmente com o medo incessante de cometer erros e ser julgado pelas pessoas que se consideram superiores a eles, essa situação pode se agravar podendo ocasionar há problemas psicológicos futuramente. Com isso, é possível perceber que é um problema bastante frequente, várias pessoas sofrem bullying pela forma como se expressam e por conseguinte, obtendo traumas, mas por ser um assunto que não gera muita repercussão acaba sendo esquecido e criando profundas e firmes raízes.  Em segunda análise, vale ressaltar que a maioria dos alvos desse preconceito se localizam na região Nordeste, pois é considerado uma região atrasada as demais, e por possuírem muitas gírias acabam sendo vítimas de uma discriminação ainda maior, sendo esse um dos motivos das dificuldades obtidas por essas pessoas na questão do trabalho, pois por obterem um vocabulário “errado” são considerados incapazes de realizar tarefas profissionais. É lamentável, termos em nossa sociedade uma imensa diversidade em sotaques e culturas e junto a eles, tantos preconceitos e a recusa pelo diferente.   Desse modo, assim como atualmente é possível a desintegração de um átomo, pode ser possível a quebra desse preconceito. Nesse sentido, cabe ao Governo a implantação de profissionais de língua portuguesa em escolas que ensinem as crianças desde o primário as variedades linguísticas do nosso país, por meio do MEC com o intuito de evitar preconceitos futuros e a compreensão da nossa diversidade. Espera-se, com isso, a erradicação desse preconceito em nosso país e o “corte” dessa raiz profunda que vem até hoje nos infortunando.