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Enviada em: 16/08/2018

A língua é um dos principais instrumentos que sustentam a vida em sociedade. Além disso, ela possibilita a comunicação e interação entre os indivíduos. Entretanto, ela vem se tornando uma ferramenta de segregação social e de preconceito linguístico, em que muitos associam a maneira que uma pessoa fala à falta de educação básica, quando na verdade, isso é um mito e necessita de medidas para ser combatido.   Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o Brasil é um misto de diferentes culturas e, devido às imigrações, e também à colonização, cada região possui suas particularidades e variações linguísticas. Nesse contexto, o fato de se ter vários dialetos acaba desencadeando no preconceito. Assim, os indivíduos que sofrem com essa discriminação, tendem a apresentar dificuldades para se sociabilizar e até para conseguir empregos em outras regiões do país.     Todavia, segundo a obra "Preconceito linguístico: o que é, como se faz" do professor e linguista, Marcos Bagnos, não existe uma forma certa ou errada do uso da língua. No entanto, percebe-se que a sociedade abraça a ideia de que a única maneira do uso correto dela é aquela baseada na gramática normativa, e com isso, muitos esquecem que é natural a língua passar por mudanças de acordo com a época e a região. Contudo, isso acarreta ma manutenção da exclusão social e na impressão de superioridade aos falantes da norma culta.    Dessarte, ações devem ser tomadas para intervir nesse impasse. Portanto, cabe às escolas abordarem o assunto tratado, em aulas de português, demonstrando aos alunos as variantes da língua, e tendo como finalidade formar indivíduos tolerantes aos demais dialetos existentes. Do mesmo modo, também cabe à mídia, romper com estereótipos de personagens de acordo com seu jeito de falar, e investir em campanhas que promovam a diversidade linguística, tendo como objetivo, desconstruir a sociedade desses preconceitos.