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Enviada em: 18/08/2018

A Constituição Federal de 1988, intitulada Cidadã, assegura que todos os indivíduos devem ser respeitados e tratados com igualdade. Entretanto, o preconceito linguístico é um entrave a esses direitos, prejudicando as relações sociais. Logo, evidencia-se a ampla importância de respeitar a diversidade de dialetos ,mas esse ato enfrenta obstáculos, seja pela vasta coerção social, seja pela discriminação instaurada.          Antes de tudo, é indubitável como a sociedade realiza extrema pressão sobre os indivíduos que não falam de acordo com o padrão adotado pela Língua Portuguesa, de modo a favorecer a marginalização social. Desde o período colonial brasileiro, Marquês de Pombal instituiu o português como língua oficial, excluindo as outras existentes, como as variantes indígenas. De maneira análoga, a população vigente adota certo estereótipos e critica os demais dialetos, inclusive, com o auxílio das redes sociais, as quais contribuem para diversos julgamentos devido à maneira de falar ou de escrever de alguns brasileiros, de forma a ocasionar o receio nesses oprimidos de se comunicarem. Com isso, nota-se como a discriminação das inúmeras expressões é um legado histórico que difunde a exclusão na população.         Outrossim, é notório como o preconceito instaurado na sociedade propaga as ofensas e o desrespeito no Brasil. É comum observar jovens vivendo em contato com adultos retrógrados possuidores de diversos julgamentos acerca das variantes linguísticas e repassam essas falsas concepções para as próximas gerações. De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, os indivíduos são determinados pelo meio em que vivem, dessa forma, se tais adolescentes continuarem em um lugar repleto de discriminação,poderão propagar essas ideologias. Nessa perspectiva, insere-se o livro "A língua de Eulália", de Marcos Bagno, o qual sugere aos professores a respeitarem a carga sociolinguística dos alunos, já que a escola é um dos principais lugares onde eles adquirem sua formação social. Assim, percebe-se como as intolerâncias interferem no progresso da nação.         Evidencia-se, portanto, a vasta necessidade de minimizar o desrespeito à diversidade linguística e, para isso, é importante que o Governo Federal, aliado ao Poder Legislativo, elabore leis punitivas aos julgadores com penas sociais e monetárias. Além disso, devem criar conjuntamente aplicativos de denúncia -haja vista a intensa conexão das pessoas aos celulares-  para facilitar as queixas das vítimas a fim de que a discriminação seja reduzida. Ademais, é imprescindível que o Ministério da Educação crie materiais sociológicos e os repasse às escolas para que os professores possam debater com os alunos sobre a importância das variantes da língua, com o intuito de os jovens respeitarem a diversidade existente. Dessa forma,os direitos constitucionais serão aplicados ao longo das gerações.