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Enviada em: 18/08/2018

É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito enraizado. O pensamento de Albert Einstein nos permite refletir, em nossos dias, sobre como a discriminação linguística representa um problema a ser enfrentado no Brasil. Sob esse aspecto, convém analisarmos os impactos desse impasse em nossa sociedade.  Em primeiro plano, é válido destacar a colonização do Brasil como fator relevante para essa situação, tendo em vista que o nosso processo de formação linguística foi baseado na gramática portuguesa. Com isso, todas as outras manifestações de fala que se afastavam da lusitana eram consideradas incorretas, o que provocou o preconceito com as línguas diferentes. Por conseguinte, o sentimento de superioridade linguística torna-se ainda mais comum em nossos dias, e como resultado a estrutura psicológica de quem fala de modo diferente da norma padrão é afetada. Ademais, as instituições de ensino são outras responsáveis pelo aumento considerável do preconceito linguístico , visto que em muitas escolas os alunos são obrigados a aprender a norma culta, tida como padrão, e abandonar sua forma de falar. Desse modo, as crianças que cometem erros são reprimidos pelos professores e ironizados pelos colegas de classe. Tal atitude ocasiona constrangimento no estudante e o medo de expressar suas ideias acaba afetando seu desempenho escolar.   Para que o pensamento de Einstein seja reversível e o preconceito linguístico erradicado, é necessário que o MEC invista na inclusão da variedade linguística do Brasil, por meio da inserção dessa disciplina na grade escolar, iniciando no ensino fundamental e chegando até o ensino médio. Espera-se, com isso, disseminar a diversidade de línguas do país e acabar com o preconceito enraizado.