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Enviada em: 22/08/2018

O Brasil foi "descoberto" no ano de 1500 pelos portugueses, e durante toda sua história sofreu influências de diversos povos, dentre estes o branco europeu, o negro africano e o índio. Ademais, o Brasil conta com uma grande extensão territorial que, juntamente com essa miscigenação cultural, gera povos diferentes em suas ações, costumes e, principalmente, língua falada. Diferenças que permanecem na sociedade contemporânea e, por conseguinte, tem sofrido com o preconceito linguístico no país.   A grande base para o preconceito é a própria escola. Tal instituição trata essa variedade (fruto de uma miscigenação), como um erro da fala, pois ensina que o "português correto" seria aquele estudado na gramática, e as palavras que devem ser usadas no cotidiano são as que se podem encontrar no dicionário. Com isso, as gírias de cada povo, a diferenciação na fala, não é tida como um patrimônio imaterial, mas como um equívoco dos brasileiros.   Ademais, a diferença de classe social no Brasil e a falta de investimento na educação também corrobora para o preconceito. A população marginalizada do país, por falta de incentivo, situações precárias de moradia e até mesmo falta de escolas ou profissionais são, praticamente, obrigadas a abandonar as escolas para trabalhar e garantir um sustento familiar. Esse abandono reflete em sua fala no cotidiano, pois desconhece a pronúncia correta de uma palavra, o significado, o sentido, etc, sendo motivo de deboche por pessoas que tiveram acesso à educação.   Mediante aos fatos apresentados, medidas devem ser tomadas para acabar com essa realidade no Brasil. Paulo Freire disse que sem a educação tampouco a sociedade muda, seguindo este pensamento, é indubitável a necessidade do investimento na educação por parte do Governo, e as escolas devem ensinar que devido uma miscigenação histórica, o país tem uma grande variedade linguística, algo que deve ser tratado com um patrimômio do Brasil. Com isso, diminuir a discriminação e o preconceito linguístico no país.