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Enviada em: 22/08/2018

O pensamento do pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire, em sua frase "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda", permite-nos compreender a intolerância sofrida da língua falada nas diferentes regiões brasileiras, em muita das vezes por parte dos menos favorecidos economicamente, desde gírias, regionalismo e sotaques, os quais foram incorporando-se ao longo do tempo no Brasil. Sob esse aspecto, convém explorar as principais causas e possíveis soluções para essa problemática na sociedade brasileira.       Em primeiro lugar, é importante analisar que, segundo o site Gazeta do Povo, o Brasil atinge 99,3% no preconceito linguístico em ambiente escolar. É evidente que, os grupos mais sujeitos a essa discriminação, normalmente, estão ligado a pessoas de menos prestígio social ou a comunidades da área rural ou do interior. Tradicionalmente, vem ocorrendo pelo sentimento e pelo comportamento de superioridade dos grupos vistos como mais privilegiados, econômica e socialmente. Dessa forma, é inadmissível que muitos brasileiros ainda sofram preconceito linguístico, decorrente da internalização da norma culta e com pouca aceitação das suas variações, gerando uma exclusão social.       Além disso, é possível afirmar que estudos da folha de São Paulo em consonância com o Ministério da Educação (MEC) defendem que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação. Assim o pensamento de Paulo Freire torna-se coerente com a atual conjuntura da nação. Infelizmente, os recursos do Governo Federal na divulgação dos benefícios da diversidade linguística e cultural, não são suficientes para suprir a demanda na educação e conscientização dos malefícios sobre a intolerância nas variações da língua portuguesa.       Diante do exposto, entende-se que o prejulgamento linguístico requer ações mais concretas para ser atenuada em nosso país. Sob esse viés, o Governo Federal em conjunto com o Ministério da Educação, por intermédio dos meios de comunicação em massa, como a televisão, o rádio e a internet, deve promover intensa divulgação acerca da importância do entendimento pleno das variantes, sem visão discriminatória ou preconceituosa do dialeto falado, acompanhada da participação familiar no dia a dia dos jovens. Espera-se com isso, uma maior aceitação da diversidade linguística e uma redução satisfatória nessa problemática na sociedade brasileira.