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Enviada em: 23/08/2018

A língua é um importante constitutivo do ser humano e de sua cultura, seja local ou nacional. Entretanto, a normatização excessiva da língua, como forma de manifestação do seu aspecto mais ''belo'', acaba criando um abismo entre as variações características de algumas regiões. Logo, é fundamental que se combata o preconceito linguístico na sociedade brasileira.  Como supracitado, a normatização excessiva da língua é um condicionante do preconceito linguístico. Análoga as leis newtonianas que afirmam que uma ação ocasiona uma reação de igual intensidade no sentido contrário, a gramática normativa excessiva funciona de forma semelhante. Desse modo, cria-se uma ''cultura do certo'' e tudo o que difere dessa ''cultura'' acaba sendo marginalizado e menosprezado. No entanto, o preconceito linguístico regional, além do normativo, é outro fator agravante.    Outrossim, o regionalismo linguístico, importante constitutivo da cultura local, também sofre com as mazelas do preconceito. Desde a colonização brasileira, no século XVI, evidencia-se uma imposição da língua. Prova disso são as missões jesuíticas que tinham como objetivo catequizar os nativos e aplicar o ensino da língua lusitana. Entretanto, a herança dessa imposição cultural linguística permanece na sociedade e acaba potencializando, ainda mais, o preconceito em relação as variantes regionais, como no norte e nordeste do país.     Diante do exposto e análogo a Lei da Inércia, de Isaac Newton, todo problema permanece parado a menos que uma força seja aplicada sobre ele. Logo, cabe ao Ministério da Educação desenvolver nas escolas, por meio de atividades lúdicas com os educadores, programas com o objetivo de ensinar gramática como agregadora da língua e não como segregacionista. Ademais, juntamente com a mídia, o MEC deve promover propagandas que promovam a importância das variações linguísticas para a constituição cultural de um grupo social visando diminuir o preconceito.