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Enviada em: 23/08/2018

Muitas questões importantes emergem na sociedade brasileira, entre elas o combate ao preconceito linguístico. A Constituição de 1988 assegurou um dos direitos indispensáveis aos cidadãos, ter acesso a educação de qualidade. Contudo, devido a fatores econômicos e sociais esse direito é violado e, muitos brasileiros são alvo de críticas em razão do seu modo de falar ou escrever.        Em primeiro lugar, o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra “Modernidade Líquida”, defende que vivemos em uma sociedade individualista, a qual as relações entre as pessoas estão mais fluidas. Nesse sentido, com essa fluidez os indivíduos não percebem a existência de linguagens ocorridas principalmente, por falta de uma boa formação escolar. Dessa forma, os críticos debocham ou corrigem aqueles que não concluíram o ensino, por necessidade de trabalho para obter renda ou cuidar da família. Com isso, essas pessoas sentem-se envergonhadas com o pouco português aprendido durante a vida e, por conseguinte, inferiores em relação aos mais estudados.         Outrossim, devido ao modo de colonização do Brasil, ocorreu a miscigenação entre portugueses, indígenas e africanos, logo com a fusão entre as três línguas surgiram palavras no português que usamos atualmente. Nessa perspectiva, com essa diversidade de idiomas ocorreram também regionalismos de palavras com significados e linguagem falada próprios. Porém, existem pessoas preconceituosas que compreendem essa pluralidade regional, mas dizem que ela é errada e que existe apenas a linguagem do dicionário. Com efeito, o cientista Albert Einstein ao dizer -“ É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”- descreve a segregação ocorrida em face da variedade linguística.        É preciso, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de se combater o preconceito linguístico. Cabe ao Ministério da Educação criar rodas de conversa nas escolas, instituição formadora do indivíduo, entre professores e alunos para que haja conhecimento da variedade de linguagem existente no país e, assim, futuramente não sejam críticos com o português usado por outras pessoas. É dever desse mesmo órgão incentivar ao retorno daqueles que não concluíram seus estudos, por meio das mídias sociais com propagandas ou anúncios, dessa maneira eles não se sentiram inferiores ou serão corrigidos por aqueles mais estudados.