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Enviada em: 27/08/2018

No Brasil, o preconceito linguístico é um problema persistente que começou na época da colonização portuguesa. Atualmente, tal comportamento é praticado pelos falantes da norma culta, de modo que são relevados as importâncias socioculturais, buscando a homogenia da língua oral. Nesse sentido, destaca-se que é necessário transmutar essa realidade, haja vista que tem provocado a exclusão social da parcela prejudicada.     Em primeiro lugar, destaca-se que o preconceito linguístico é um paradoxo, haja vista que o Brasil é um país miscigenado com um vasto território repleto de diversas peculiaridades orais que ajudam no dinamismo da gramática formal. Nesse sentido, o modernista Oswald de Andrade, defendia ainda a importância das variações regionais para formar da nacionalidade. Contudo, os que difundem a norma padrão como a correta para a oralidade, subjuga sua forma de falar superior, deixando de lado todos os aspectos socioculturais que formam determinado modo regional de falar. Por isso, para barrar a homogenia linguística, deve-se ensinar desde o primário escolar a valorização de todos os modos de falar.     Outrossim, evidencia-se que a intolerância com as variações orais tem provocado um isolamento social, já que ,por vezes, é motivos de piada. Exemplo disso, foi caso que ocorreu no hospital de São Paulo, o médico Guilherme Capel publicou na rede social o seguinte dizer: "Não existe peleumonia e nem raôxis". Tal comportamento preconceituoso vai contra a origem do português brasileiro, uma vez que ele foi formado por um latim vulgar popular. Por isso, para não provocar uma marginalização dos praticantes das variações linguísticas, precisa-se ensinar nas escolas o respeito mutuo.        Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Ministério da Educação implemente desde o primário, por meio da sociologia e do português, o estudo interdisciplinar da importância cultural das variações linguística para a formação da nacionalidade, assim como do português formal. Além disso, pode-se usar a educação física para gerar, por meio dos esportes coletivos, um respeito mutuo. Dessa forma, o jovem crescerá não só entendendo a importância da diversidade cultural para formar a língua nacional brasileira, como também aprenderá a respeita as diferenças, sem se subjugar superior. Somente assim, será possível quebrar o elo de preconceito que veem perdurando desde a colonização.