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Enviada em: 03/09/2018

Para o professor e membro da Academia Brasileira de Letras Evanildo Bechara, um bom falante é aquele que é poliglota da sua própria língua. No entanto, o preconceito associado as variações da língua é uma realidade no Brasil. Nesse contexto, e necessária a ação de diversos setores sociais para mudar esse cenário.        A priori, para o linguista Marcos Bagno o preconceito linguístico é um preconceito social. Dessa maneira, em um país com dimensões continentais como o Brasil a língua apresenta variações regionais, sociais e históricos. Desse modo, a oficialização de uma língua acarreta na repressão de suas variações. Assim, a língua se torna um instrumento de exclusão social com isso seus usuários são discriminados por sua tipicidade ao falar.        Ademais, os meios de comunicação são perpetuadores do preconceito linguístico. Assim por serem associados às classes dominantes ligam a língua correta ao nível de escolaridade e poder aquisitivo. Por exemplo, em novelas ou seriados em que o pobre é associado a baixa escolaridade e por conseguinte fala erroneamente. No entanto, esse estereótipo leva ao preconceito que pode acarretar em problemas psicológicos e sociais.       Portanto, torna-se evidente a urgência de medidas que alterem o cenário vigente. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação juntamente com professores ensinar nas escolas  a língua e suas variações com o intuito de desmentir o " certo " e o " errado". Alem disso, a mídia deve ser disseminadora das variações da língua com campanhas que ajudem a desconstruir o esteriótipo e  o preconceito linguístico. Só assim seremos poliglotas da nossa própria língua.